Nuno Joaquim Almeida Silva Costa. É este o nome completo do nosso entrevistado em mais uma entrevista exclusiva do blog Leixões. Nuno Costa nasceu a 5 de Novembro em São João da Madeira e foi entre o dia 16 de Fevereiro de 2011 e 14 de Fevereiro de 2012 o preparador físico do futebol sénior do clube de Matosinhos.
Apesar da equipa técnica já não estar em funções, o blog Leixões aproveita para trazer uma entrevista com o próprio Nuno Costa.
Uma entrevista que não podia ser deixada na “gaveta” e que já estava pronta há algum tempo. Uma entrevista que iria assinalar um ano da equipa técnica ao serviço do clube. Ao Nuno (apenas) agradeço o facto de deixar publicar a entrevista mesmo já não estando ao serviço do NOSSO clube!
Quem é o Nuno Costa?
O Nuno Costa é uma pessoa extremamente normal, natural de São João da Madeira, com 30 anos, que desde novo gosta de futebol e que teve a felicidade de poder trabalhar neste desporto a nível profissional. Defino-me como uma pessoa humilde que gosta de aprender e trabalhar diariamente com afinco para poder atingir patamares mais elevados dentro deste desporto.
Conta-nos um pouco do teu percurso no mundo do futebol.
O meu percurso no futebol começou desde muito novo, não como jogador, mas como adepto e apaixonado deste desporto. Com 19 anos e já na faculdade tive a oportunidade de enveredar pela opção de futebol e aí começou mais a sério a paixão que trazia de miúdo. Os clubes por onde passei são vários, como, a Académica de Coimbra (Formação), Cesarense (Formação e Seniores), Estoril (Observação de Adversários), Valecambrense, Fajões, Sanjoanense, Milheiroense, Tourizense, Portimonense e Leixões (estes últimos nos seniores).
A 16 de Fevereiro fez 1 ano que esta equipa técnica “pegou” no futebol sénior. Que balanço fazes desta estadia no clube?
Faço um balanço positivo. Quando chegamos fez agora um ano, ainda se pensou que poderíamos alcançar a subida à primeira liga no ano de 2011, mas para tal ter acontecido só um percurso quase imaculado com vitórias o teria permitido. O objectivo era muito difícil de ser alcançado, ainda sonhamos mas alguns percalços fizeram com que não conseguíssemos atingir um final perfeito. Ainda assim penso que ganhamos o carinho dos adeptos, que nos ajudou a encarar mais uma época que sabíamos de antemão que iria ser atravessada com dificuldades. Desta época e até ao momento penso que as ilações só poderão ser positivas. Com uma equipa nova e com um orçamento inferior aquilo que tem sido nas épocas anteriores no Leixões, a equipa estar em 6º lugar penso que é positivo.
Quando chegas ao Leixões voltas a trabalhar com o Litos. Partiu dele o convite para ingressares no clube?
Sim, partiu dele o convite. Já tinha trabalhado com ele no Portimonense e quando ele veio para o Leixões, perguntou-me se queria vir com ele e eu aceitei o desafio, também por uma questão de gratidão dado que foi ele que me deu a oportunidade de começar a trabalhar no futebol profissional.
É do conhecimento geral os problemas que o Leixões atravessou para se construir este plantel no início da temporada. Contente com este grupo de trabalho que parece ser muito unido?
Sim, bastante satisfeito. Desde o início da época até agora este grupo tem sido humilde e trabalhador. Para além destes aspectos essenciais é um grupo em que os atletas interagem muito bem dentro e fora do campo. É normal assistir a brincadeiras entre todos fora do campo, o que comprova o espírito que se vive internamente. Quando chega a hora de trabalhar também se mostram todos bastante disponíveis. Convém referir também que a heterogeneidade das idades tem sido favorável para que a união seja maior. A mescla da juventude com os jogadores mais experientes tem dado frutos muito bons nesse sentido.
Durante o mês de Janeiro não conseguimos os tão desejados 3 pontos que os adeptos sempre esperam no final dos 90 minutos nos jogos realizados. Que balanço fazes deste mês [Janeiro] que terminou?
É óbvio que o balanço não pode ser positivo. O futebol tem destas coisas. No Estoril estávamos a um pequeno passo do primeiro lugar e no último lance de jogo, perdemos essa oportunidade. Creio que se tivéssemos alcançado essa posição, talvez a motivação para encarar os jogos seguintes fosse diferente e se calhar hoje estaríamos numa posição completamente diferente. No entanto, este grupo de trabalho tem de ser sempre defendido, pois até ao momento os objectivos iniciais estão a ser cumpridos.
O balanço até ao momento tem de ser positivo. Já tivemos momentos mais positivos e outros menos, mas temos de nos lembrar que esta equipa foi construída não para subir de divisão mas sim para fazer o melhor jogo a jogo.
Quem segue os jogos dos juniores do Nacional é frequente encontrar-te nos campos onde o Leixões joga. Não trabalhando directamente com os sub-19 achas que há talento na equipa?
Penso que sim. Existem vários jogadores com bastante qualidade. A comprovar isso está a chamada do Ângelo à selecção nacional e o bom campeonato que a equipa fez. Quero também realçar que para esse talento aparecer há um conjunto de pessoas a trabalhar que são fundamentais para o sucesso do trabalho na formação. Parece-me que o trabalho desenvolvido pela equipa técnica e pela direcção também é excelente.
Se te pedissem para descreveres o que é o Leixões como é que definirias o clube?
O Leixões é um clube muito especial. Tem uma massa adepta fantástica que nos acompanha para todo o lado e que realmente torna o clube diferente de muitos outros para melhor. Quem começa debaixo e passa por vários clubes como eu, quando chega a este sente uma grande diferença neste aspecto. Outro aspecto muito positivo são as boas condições de trabalho que este clube tem, com um bom campo para treinos, um bom ginásio e um auditório com recursos tecnológicos acima da média. É um clube acolhedor que merece a melhor sorte do mundo.
Que diferenças encontraste entre o Portimonense (na altura na Primeira Liga) e o Leixões?
O Portimonense naquela altura estava a passar um momento muito difícil, a lutar para não descer da primeira para a segunda liga, a jogar longe de casa com condições de trabalho que não eram as melhores e com os adeptos um pouco descontentes com toda a situação. Quando cheguei ao Leixões a situação não era muito diferente, estando na altura o clube um pouco arredado da luta pela subida para a primeira liga que era o objectivo inicial.
Quer se jogue perto ou longe os adeptos vão atrás da equipa. É bom encontrar, por vezes a centenas de quilómetros, adeptos nos estádios a apoiar o futebol sénior?
Claro, é óptimo. Um forte apoio dos nossos adeptos é sempre fundamental para ajudar à vitória da equipa e isto sucede-se muitas vezes no Leixões. Para além em grande quantidade são adeptos muito fervorosos o que é excelente para o apoio à equipa.
Para terminar, o que gostavas de dizer aos sócios, adeptos e simpatizantes do Leixões Sport Club?
Continuem a apoiar e a comparecer nos estádios para apoiar o Leixões pois os atletas merecem o apoio deles. Nunca percam essa paixão que têm dentro deles pelo clube porque isso é o que dá alma e vida à instituição e por isso também o Leixões é um clube histórico e que sempre será um Grande do Futebol Português.
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