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Tertúlia Leixonense reunida para o voluntariado

O abandono a que foi votada a loja do Leixões no mercado de Matosinhos, por incapacidade económica em suportar o vencimento de um funcionário, mexeu com as emoções dos adeptos reunidos no movimento Tertúlia Leixonense. O grupo de discussão sobre assuntos da actualidade do clube apresentou o caso aos sócios, na segunda-feira à noite, reerguendo do esquecimento o apelo ao voluntariado, criando para o efeito um formulário para inscrições. O conceito não é novo. Ajudar o Leixões, conforme as possibilidades, é um espírito tão antigo quanto o cimento com o qual se construiu o Estádio do Mar, em 1964, graças às doações dos pescadores. A Tertúlia Leixonense levantou a voz, dizendo ser hora de os sócios oferecerem, na medida do possível, o apoio desinteressado ao Leixões.
A ideia é formar uma comissão de voluntários, que será organizada e estruturada por um coordenador de voluntariado a designar pela SAD do Leixões. Seja por uma hora, dois dias ou toda a semana, haverá sempre quem tenha tempo e dedicação para disponibilizar em tarefas simples como limpeza ou pequenos consertos técnicos. Os voluntários não estarão sozinhos nesta cruzada. As instalações do estádio escondem os rostos de Belmiro Fonseca e de Maria João Calisto, dois missionários solitários da boa vontade. Cada um deles dá o que o sabe e o que o corpo permite fazer.
A reforma chegou há três anos, mas Belmiro Fonseca, com 62 anos, já andava pelo Mar muito antes. É o típico leixonense "desde pequenino". "Desde a primária que sou sócio, ainda a sede do clube era em frente à escola", conta. Há cinco anos decidiu, juntamente com mais dez sócios, pegar na trincha e reavivar as cores do Estádio do Mar. As paredes ficaram mais bonitas, mas o desgaste afastou os restantes companheiros de obra. Restou Belmiro Fonseca e os seus conhecimentos de serralharia e disposição para os "biscates". É ele que faz os reparos na casa dos jogadores e acode a todas as aflições. "Faço tudo isto sem receber um tostão!" É bom que venha mais gente para ajudar a construir", apela.
Em Agosto do ano passado, Maria João Calisto, agora com 59 anos, tirou horas à máquina da costura para agarrar na vassoura. Limpa o pó e retira o lixo do chão nos camarotes. As bolhas nas mãos cresceram sem, contudo, a impedirem de usar o dedal cada vez que dá um "jeitinho na roupa ou no equipamento dos jogadores". "É uma forma de aliviar as despesas da SAD", explicou. Belmiro Fonseca e Maria João Calisto já merecem companhia. Carlos Oliveira aplaude a iniciativa, "que envolverá a sociedade à colectividade", vislumbrando a possibilidade de "aparecerem pessoas com experiência em organização e com habilitações que podem ajudar na estrutura da SAD". Além disso, acrescenta o presidente, "o trabalho é feito com amor à camisola, ajudando a reduzir a factura dos custos". "Será a prova que os clubes continuam a ser o espelho da alma dos adeptos e da sociedade onde se insere. A ideia mostra que vale a pena um investimento nos tempos livres. Isto atesta por que defendo que os presidentes dos clubes não devem ser remunerados": também devem ser voluntários", resumiu. O JOGO online

Se quiserem ser voluntários do clube de Matosinhos é só fazerem o download da página em anexo, imprimir, preencher e depois é só entregar no Leixões, ou na sede ou no Estádio do Mar!
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