Liga Sagres (5.ª Jornada) < Leixões 1-1 Benfica

Na 5ª jornada da Liga Sagres, Leixões e Benfica voltaram a reencontrar-se, vinte anos depois, no Estádio do Mar. As duas equipas partiam para o jogo extremamente moralizadas, face aos últimos resultados obtidos. O Estádio do Mar registou uma moldura humana impressionante, a melhor da época até então, com casa cheia.A partida começou com a equipa do Leixões a querer mandar na partida, pressionando o último reduto da equipa lisboeta. Aos 7 minutos, pontapé livre de Marques, com Qûim a defender para canto. Dois minutos volvidos, novo livre de Marques com a bola a sobrar para Braga que, na cara de Quim, permitiu uma grande intervenção ao guarda-redes internacional português. Aos 30 minutos, grande remate de longe de Wesley, com Quim a socar a bola. Minuto 33, golo do Benfica e grande caso do jogo. Pontapé de canto na esquerda, com a bola a ser curtada por um defesa leixonense e, quando se preparava para lançar o contra-ataque, o jogador rubro-branco sofreu uma falta clamorosa, que o árbitro deixou passar, com o Benfica a aproveitar e isolar Cardozo que na cara de Beto, rematou com o pé direito para golo. Erro inadmissível da equipa de arbitragem que condicionou a partida desde muito cedo. Até ao intervalo o Leixões, melhor equipa, de longe, dos primeiros quarente e cinco minutos, tentou remar contra a maré, mas sempre sem criar grande perigo. Ao intervalo, o erro da equipa de arbitragem dava a vantagem a um Benfica que muito pouco fez para merecer estar em vantagem.Na segunda parte, o Benfica tentou mostrar mais mas sempre sem grandes consequências. Apesar disso, logo na entrada do segundo tempo, Cardozo pôs em sentido Beto com uma grande defesa para canto. Aos 55 minutos, Laranjeiro num livre directo rematou para mais uma defesa estrondosa de Quim. O Benfica resumia-se a alguns rasgos individuais dos seus avançados, muito pouco para uma equipa que luta para ser campeã nacional. Aos 71 minutos, Zé Manel foi à linha e cruzou para Braga, no centro da área, cabecear para o fundo das redes de Quim, mas o lance foi prontamente anulado pelo auxiliar, do lado da Bancada Poente. Mal na nossa opinião, pois o avançado leixonense encontrava-se em jogo. Aos 89 minutos, quando o Benfica queria que o tempo passasse o mais rápido possível, contribuindo para isso com imensas perdas de tempo, o Leixões chegou ao empate. Pontapé de canto de Hugo Morais e Wesley, quem mais poderia ser, no centro da área a cabecear para o fundo da baliza benfiquista. Enorme, espectacular, indiscritiva a festa dos cerca de seis mil leixonenses. Pouca antes do golo leixonense, fficou por marcar uma grande penalidade para a turma leixonense por falta claríssima de Yebda sobre Braga. Pouco depois a partida chegava ao fim, com um resultado tremendamente injusto para os Bravos do Mar.
O Leixões foi a melhor equipa ao longo dos noventa minutos da partida e foi a única que lutou e empenhou-se para conseguir a vitória final. Ao Benfica, fica uma nota de que se resumiram a uma equipa muito fraca, sem soluções, com o Leixões a anular completamente a turma lisboeta. Grande palavra para José Mota que arriscou tudo que tinha para arriscar e conseguiu chegar ao empate.
A turma matosinhense continua invicta nas últimas quatro partidas do campeonato, e com 1/3 dos pontos conquistados, para o grande objectivo de manutenção. Na próxima semana, o campeonato pára, voltando apenas no fim de semana de 26 de Outubro. Entre isso, o Leixões receberá o Caniçal, equipa a militar na II Divisão B, orientado pelo antigo jogador leixonense Bizarro, para a Taça de Portugal, no dia 19 de Outubro.