Moreira já leva 14 golos marcados

Esta está a ser a melhor época da carreira de Moreira. Com 14 golos marcados já superou o anterior recorde, de 11 golos ao serviço do Santa Clara (2010/11).

Aos 31 anos, o avançado que é o melhor marcador do Leixões, olha para trás e sente-se satisfeito, mas não totalmente realizado.

Deu os primeiros passos no emblema de Matosinhos e chamou à atenção do FC Porto, que o levou para os escalões de formação. O emblema azul e branco permitiu-lhe cumprir o sonho de vestir a camisola de Portugal (escalões de Sub16 e 17) e parecia lançado para uma carreira no principal escalão do futebol português, mas tal nunca aconteceu. “É verdade que quando cheguei aos seniores pensei que o meu futuro passaria pela I Liga e tudo indicava que estava no sítio certo, mas a verdade é que acabou por nunca acontecer. Mas ainda não desisti”, afirma Moreira que confessa ter estado perto, mas admite que faltou sempre alguma coisa. “Acho que me faltou sempre aquele empurrãozinho que muitas vezes é preciso na vida, e no futebol não é exceção. Por várias vezes estive perto, mas acabou por nunca se concretizar”, explicou o avançado que quer fugir ao estigma da idade no futebol português.

“Em Portugal, depois dos 30, os jogadores já são considerados velhos e para quem nunca lá esteve, chegar à I Liga torna-se difícil. Mas sou ambicioso. Acredito nas minhas capacidades, só tenho de continuar a trabalhar”, confessou Moreira que olha para o futuro com um sorriso nos lábios. “Graças a Deus todos os anos tenho propostas para ir para o estrangeiro, por isso, acho que não irei terminar a carreira sem jogar numa primeira divisão”.

Na origem da ambição de Moreira está o constante estipular de novos objetivos, um dos principais processos de motivação do jogador. “Para nos avaliarmos temos de estipular metas para o nosso trabalho. Este ano já bati o recorde de golos e agora quero mais. Estou com 44 golos marcados na II Liga e até ao final da época quero chegar à meia centena, seria algo especial com a camisola do clube onde tudo começou”, concluiu Moreira.