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"Estamos obrigados a vencer" > Fonseca

Tem 26 anos de idade e representa o Leixões desde os 7, por isso, o guarda-redes Fonseca sente o nosso Clube como poucos. "O Leixões faz parte da minha vida e sinto o Clube de uma forma especial", sublinha o homem a quem Augusto Inácio entregou a baliza na última partida, em Arouca.
Um jogo que só não fica marcado na memória de Fonseca para sempre porque o resultado foi adverso. "Uma grande injustiça", realça nesta conversa com o leixoessc.pt. "Se o empate já era duro castigo, perder foi duríssimo", acrescenta, olhando já para a frente: "Há que esquecer rapidamente o que aconteceu e vencer o próximo jogo. Com o apoio dos nossos adeptos, que também jogam, vamos conseguir. O que lhes peço é que continuem connosco. Com o Feirense, tenho a certeza que vão ser o habitual 12.º jogador."
LSC – Em Arouca, viveu um momento por que aguardava há muito. Foi pena o resultado não ter sido positivo. Como foi assumir a baliza do seu Clube de sempre?
Fonseca – Foi muito bom, pois trabalho diariamente com o intuito de ser opção. Em Arouca, o treinador apostou em mim, o que me deixou muito satisfeito, mas isso não muda em nada a minha forma de ser e de trabalhar. Esteja a jogar ou não, treino sempre com o mesmo empenho, respeito as opções de quem decide e apoio o companheiro que é escolhido para jogar na minha posição. Num grupo de trabalho, tem de ser assim. Para mim, o fundamental é, no final de cada dia de trabalho, ter sempre a consciência tranquila, pois sei que cumpri o meu dever. Voltando ao jogo de domingo, foi muito duro termos perdido com o Arouca. Foi um resultado totalmente injusto, porque dominámos o jogo todo, criámos as melhores ocasiões e merecíamos ter ganho. Se o empate já era um duro castigo para nós, perder foi duríssimo. Ainda para mais da forma como foi, com um golo na derradeira jogada da partida. Quase nem houve tempo para a bola ir ao centro do relvado. Mas o futebol é assim, ganha quem marca, por mais cruel que seja. Agora, temos é de esquecer isso rapidamente e vencer o próximo jogo para voltarmos aos resultados positivos.
LSC – Reviva lá os momentos que antecederam o jogo.
F – Senti aquela ansiedade natural antes do jogo. Mas mal a bola começou a rolar tudo passou rapidamente. É assim que acontece com todos os jogadores. A nível individual, penso ter cumprido com o que me foi pedido, mas isso de nada vale quando a equipa perde um jogo. O futebol é um desporto colectivo e ninguém ganha ou perde nada sozinho. Mas não escondo que foi um sentimento especial, pois o Leixões faz parte da minha vida. Entrei para aqui com 7 anos de idade e isso quer dizer muita coisa. São quase 20 anos com este emblema no peito! Sinto este clube de uma forma especial, sei o que sentem as pessoas que são do Leixões e trabalho para que consigamos alcançar os nossos objectivos. Toda a gente sabe que o Leixões é um clube que tem de estar na Primeira Liga. A época passada correu-nos mal e agora temos de regressar rapidamente. É assim que tem de ser. Pelos 103 anos de história, pela imensa massa adepta, por Matosinhos.
LSC – Sexta-feira há jogo o Feirense, no Estádio do Mar. Como perspectiva esta partida?
F – Vamos defrontar o líder, um dos candidatos à subida, o que por si só demonstra todas as dificuldades que vamos enfrentar. Nada que nos assuste, mas que nos traz responsabilidade acrescida, até porque, em face dos últimos resultados, estamos obrigados a vencer. Se bem que, no Leixões, estamos sempre obrigados a vencer. A equipa tem trabalhado bem, produz um bom jogo, mas está a faltar-nos qualquer coisa, que vai surgir mais dia, menos dia. Nós só temos de continuar a trabalhar com afinco, pois os resultados vão aparecer. O campeonato ainda nem a meio vai e temos todas as hipóteses de chegar ao fim nos lugares de promoção.
LSC – Como jogador da casa, um bebé, o que pode dizer aos adeptos, que tanto sofrem pelo Leixões?
F – É perfeitamente natural que os adeptos não estejam muito contentes. Os resultados não estão a corresponder àquilo que eles esperavam, mas eles têm confirmado que a equipa tem atitude e que trabalha nos limites para conseguir vencer. Se há coisa de que não nos podem acusar é de relaxamento. Sabemos que mais tarde ou mais cedo as coisas vão mudar e os resultados vão aparecer. O que lhes peço é para continuarem do nosso lado, pois o apoio deles também joga. Continuem connosco. Com o Feirense, tenho a certeza que vão ser o habitual 12.º jogador. No entanto, gostava de ver mais gente nas bancadas do Estádio. No passado, quando o Leixões jogava era dia de festa para toda a gente. Gostava que isso voltasse a acontecer e que conseguíssemos, todos juntos, recolocar este clube no sítio onde ele pertence por direito próprio. Mas estou confiante de que isso, em breve, vai ser uma realidade.
LSC
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