"Só quero ajudar"

Para o jovem Zé Pedro, o jogo com o Fátima vai ter sempre um lugar na memória. Aos 20 anos, o defesa leixonense estreou-se pela equipa sénior e logo num jogo em que tudo correu bem, pois não só ganhámos o jogo como também não sofremos golos o que, para quem tem por missão ajudar a evitá-los, é sempre agradável.

LSC – Nunca mais vai esquecer o dia 5 de Dezembro de 2010, pois não?

Zé Pedro – Vou lembrar-me sempre deste dia. Foi um dia muito especial para mim, pois foi a minha estreia como sénior num jogo a sério pelo Leixões. Já tinha feito vários jogos na Liga Intercalar, o ano passado, e na Liga do Futuro, este ano, mas jogar na Liga Orangina foi a primeira vez. Felizmente, o jogo correu muito bem, a equipa ganhou, que era o mais importante, e, em termos individuais, correu tudo muito bem.

LSC – Como é que foram aqueles primeiros instantes?

ZP – Antes do jogo estava um bocado ansioso, algo nervoso até, o que é normal. Mas, depois de o árbitro apitar para o início do jogo e de a bola começar a rolar, passou tudo, esqueci tudo e só me quis concentrar no jogo.

LSC – E agora daqui para a frente, o que espera?

ZP – O meu objectivo passa por cumprir aquilo que me é pedido e poder jogar o máximo de tempo possível. Sei que os meus colegas são mais experientes do que eu, para além de terem muita qualidade, mas podem contar comigo para o que for preciso. O que quero é ajudar o Leixões a atingir o objectivo proposto para esta época, que é a subida de divisão.

LSC – Entrou na equipa num momento que se verifica um crescendo de forma, como provam as vitórias no Estoril e frente ao Fátima. Como tem visto esta primeira temporada como sénior?

ZP – Tem sido muito bom para mim, pois o Leixões é um grande clube, tem uma boa equipa e uma boa equipa técnica. Como este ano entrou muita gente nova para o plantel era uma questão de tempo até as coisas começarem a funcionar. Há sempre um período de adaptação e é natural que as coisas demorem algum tempo, por causa do entrosamento entre todos. Mas, agora, só temos de dar continuidade ao trabalho e continuar a conquistar bons resultados. Já estamos nos lugares cimeiros da tabela e é preciso mantermo-nos lá até ao fim.

LSC – No domingo, defrontamos o Pinhalnovense para a Taça de Portugal. Apesar de o objectivo principal do Leixões ser a Liga Orangina, acha que é possível fazermos uma gracinha na Taça?

ZP – Acho que sim. Somos favoritos para o jogo com o Pinhalnovense, embora seja preciso provar esse favoritismo dentro do campo e ter muita atenção ao adversário, que nada tem a perder. Mas o Leixões está pronto para passar mais esta eliminatória, chegar aos quartos-de-final e continuar a fazer uma boa Taça de Portugal. O nosso objectivo é chegar o mais longe possível, se for até ao Jamor melhor.

LSC – O Zé Pedro já conhecia o que era o Leixões por dentro, pois subiu dos juniores. Que diferenças notou na passagem para sénior?

ZP – A ideia que tinha do Leixões era mais ou menos esta. Sempre conheci o Leixões desta forma, com adeptos apaixonados. É claro que nos juniores há sempre menos apoio, vão menos pessoas aos jogos. Nos seniores, há sempre muito mais gente nos estádios, mesmo que o jogo não seja em Matosinhos. Estes adeptos são uma imagem de marca do clube, são muito fervorosos e apoiam muito a equipa. Mas, quando as coisas não correm bem, também mostram a sua revolta, o que é normal. O que espero é que eles continuem a comparecer nos jogos, como têm feito até aqui. É sempre especial entrar num campo e sentir a nossa gente na bancada. Os jogadores sentem-se melhor, sentem-se acarinhados e isso ajuda a Equipa a render mais. Com a ajuda dos adeptos vamos conseguir atingir os nossos objectivos.

LeixõesSC

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