Quando se põe a pensar em tudo o que já viveu, esta temporada, Hugo Morais só encontra um adversário que realmente teme ver prevalecer, no final: a ironia. Recusa admitir que a melhor época dele na primeira divisão possa vir a ser desastrosa para o Leixões, a lutar para sobreviver no campeonato, abaixo da linha d'água. "É irónico", diz, quando confrontado com os números da eficácia que tem ajudado a alimentar as hipóteses matemáticas da permanência. Anteontem, marcou o sexto golo na Liga Sagres, um recorde pessoal neste escalão, onde nunca foi além dos três tentos. "Este ano, estou a fugir completamente ao padrão". A carreira só conheceu uma fase assim, "mas passageira", quando jogou no Camacha, na II Divisão B. Aí, o pé esquerdo dele assinou mais de uma dúzia. No escalão principal, com o Leixões, Hugo Morais sempre foi uma referência nas assistências, na mestria a descobrir espaços, a partir do meio-campo. Aos 32 anos, descobriu-se o melhor marcador do Mar, depois de uma estreia aziaga, com um autogolo que deu a vitória ao Marítimo, na primeira volta: "Este ano, já me aconteceu de tudo! Até marcar na própria baliza! Estou curioso para saber o que me acontecerá mais". Desde esse azar, marcou sempre para o Leixões, quase sempre de penálti (cinco golos) até se tornar o principal suporte da eficácia da equipa, ao derrotar a Naval: "É irónico: pessoalmente, sabe bem, mas, por outro lado, o clube está numa situação complicada". O pé esquerdo promete continuar a desafiar os limites. Até à permanência.
"Até o Belenenses acredita"
"Se o Belenenses está a quatro pontos de nós e tem jogadores optimistas em relação à permanência, então nós temos de estar também optimistas". Hugo Morais não precisa de citar os adversários que perderam com o FC Porto - todos os outros do fundo da tabela venceram, na última jornada - para encontrar forças para resistir ao peso da tabela, a cinco jogos do fim do campeonato. Afinal, graças ao penálti dele, o Leixões terminou um longo jejum de vitórias no Mar, um sofrimento que, há um ano, era impensável. Da melhor classificação de sempre, que deixou o clube às portas da Europa, até esta aflição vai "uma certa nostalgia", que também dá forças. "O ano passado foi simplesmente fantástico, é um contraste enorme", admite, com a serenidade que costuma emprestar ao futebol leixonense. Quando se foi feliz num lugar, é muito difícil desistir dessa ideia, e ao capitão nem tal passa pela cabeça. "Espero que, no fim, façamos as contas e tenhamos os pontos para ficar", diz, no rescaldo da primeira vitória com Castro Santos.
"Até o Belenenses acredita"
"Se o Belenenses está a quatro pontos de nós e tem jogadores optimistas em relação à permanência, então nós temos de estar também optimistas". Hugo Morais não precisa de citar os adversários que perderam com o FC Porto - todos os outros do fundo da tabela venceram, na última jornada - para encontrar forças para resistir ao peso da tabela, a cinco jogos do fim do campeonato. Afinal, graças ao penálti dele, o Leixões terminou um longo jejum de vitórias no Mar, um sofrimento que, há um ano, era impensável. Da melhor classificação de sempre, que deixou o clube às portas da Europa, até esta aflição vai "uma certa nostalgia", que também dá forças. "O ano passado foi simplesmente fantástico, é um contraste enorme", admite, com a serenidade que costuma emprestar ao futebol leixonense. Quando se foi feliz num lugar, é muito difícil desistir dessa ideia, e ao capitão nem tal passa pela cabeça. "Espero que, no fim, façamos as contas e tenhamos os pontos para ficar", diz, no rescaldo da primeira vitória com Castro Santos.
fonte: O JOGO online
0 desabafos :
Enviar um comentário