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O regresso de Braga

A espera de José Mota por um ponta-de-lança foi longa, tendo de aguardar pela reabertura do mercado em Janeiro para ver chegar, ao Estádio do Mar, o avançado Rodrigo Silva, emprestado pelo Nacional. Foram muitas jornadas sem um jogador de área, um tempo interminável sem Roberto, condicionado por lesões. Ora, no sábado, num só jogo, o treinador do Leixões ficou privado dos dois pontas-de-lança, vendo-se de repente numa situação de "déjà vu". Braga saltou do banco, aos 35 minutos, frente ao Rio Ave para substituir Roberto, que havia sido alternativa derradeira a Rodrigo Silva, outro dos alvos do infortúnio. Para a polivalência de Braga, jogar a ponta-de-lança naquele momento foi quase como que recuperar os movimentos de quem já não andava de bicicleta há algum tempo. Não se trata de um jogador naturalmente enquadrado para actuar de frente para a baliza, mas é a solução mais à mão para José Mota fazer face a uma ausência não ponderada. A equipa até reagiu bem com a entrada de Braga, como elemento mais avançado no encontro com o Rio Ave, marcando o golo do triunfo 13 minutos depois. É a opção mais válida no plantel - desprovido de avançados - aproveitando a sua elasticidade para se adaptar a qualquer função no ataque. Além disso, é a oportunidade de redenção depois de um período de quebra e de distanciamento das exibições brilhantes, no pico de resultados positivos do Leixões. Outubro já está distante e quase esquecido. Foi o mês que lhe valeu o primeiro troféu da sua carreira. Braga foi distinguido, juntamente com o guarda-redes Beto, pelo Sindicato de Jogadores Profissionais, pelo que fez no Dragão e que havia começado no Restelo. Dois golos contra o FC Porto colocaram-no no lote dos sortudos a conseguirem bisar na casa dos campeões nacionais. Nessa altura, o potencial atacante de Braga sobressaiu com promessas de se afirmar na grande revelação da época. Entrou para o quadro de jogadores negociáveis da SAD do Leixões em Janeiro, mas uma lesão afastou-o da competição e parece ter-lhe condicionado os níveis de confiança. Ainda assim, José Mota confiou na sua capacidade para se adaptar a ponta-de-lança. Estreou-se nessa posição na recepção ao Setúbal, que terminou com um empate a zero e, no final, Braga confessou que o treinador o avisara que seria para continuar, isto na eventualidade de a SAD não conseguisse o reforço ideal. Foi a primeira vez na carreira que jogou tão adiantado no ataque. Já experimentara as alas ou no apoio ao ponta-de-lança, mas nunca havia sido chamado a assumir essa responsabilidade. Agora, o médio-ofensivo, que deu o salto da II Divisão para a Liga Sagres, está prestes a repetir a experiência mais vezes em seis jornadas.
fonte: O JOGO online
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