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Wesley é a referência

Não é só nos resultados que este Leixões se tem vindo a destacar das restantes equipas. Também em termos tácticos a formação de Matosinhos tem apresentado características que a distinguem das outras. Centrando as atenções nos movimentos das três unidades da frente (Braga, Wesley e Diogo Valente), conclui-se que o Leixões tem uma forma de atacar e defender sem paralelo no futebol português. Neste contexto, pode mesmo dizer-se que utiliza dois sistemas tácticos no mesmo jogo, que variam consoante as necessidades. A defender, a equipa dispõe-se em 4x3x3, ao passo que, na hora de atacar, se desdobra num 4x4x2, em losango. As características de Wesley, bem diferentes das referências ofensivas da maior parte das equipas, explicam muita desta particularidade táctica do Leixões. No processo defensivo, os extremos Braga e Diogo Valente descem no terreno, acompanhando as subidas dos laterais adversários, e dão volume ao meio-campo leixonense, que passa a contar com cinco elementos, já que estes se juntam a Bruno China, Roberto Sousa e Hugo Morais. Por sua vez, Wesley, não sendo um jogador muito combativo, fica sozinho na frente, efectuando uma pressão pouco agressiva sobre os centrais contrários. Depois, quando a equipa recupera a bola, os movimentos dos três homens do ataque invertem-se. Enquanto Wesley recua de imediato e assume a tarefa de organizador, Braga e Diogo Valente disparam no sentido da baliza adversária, quer em movimentos exteriores, para tirarem cruzamentos junto à linha, quer em interiores, na tentativa de aproveitaram o espaço que se cria entre o lateral e o defesa-central da equipa adversária. No sábado, ante o Benfica, esta segunda via, explorada sobretudo por Diogo Valente, criou inúmeros problemas ao lateral-direito dos lisboetas, Maxi Pereira. Por sua vez, a imprevisibilidade táctica de Wesley é também uma enorme dor de cabeça para os defesas-centrais que o defrontam. Sem uma referência para marcarem, ao contrário do que encontram na maior parte dos outros jogos, sentem várias dificuldades para segurar a acção do número 80. Não admira por isso que José Mota tenha alterado o plano quando Wesley chegou ao Mar, já que o técnico, na pré-época, preparou a equipa para jogar em 4x3x3, com um ponta-de-lança fixo, Roberto. Sendo certo que Wesley se vai transferir para um clube do Dubai em Janeiro, cresce a expectativa em torno da opção que José Mota irá tomar: encontrar um substituto para ele ou integrar um número 9.

fonte: site O JOGO

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