Reforçar a liderança

Um Sporting-Leixões, à oitava jornada, em que se disputa a liderança do campeonato é, no mínimo, um espectáculo invulgar. Uma realidade em exibição hoje no Estádio de Alvalade, a partir das 20h30, com a formação matosinhense a visitar os leões com o estatuto de líder da Liga Sagres. A equipa liderada por José Mota viaja até Lisboa com três pontos de avanço sobre os leões e pronta para defender a liderança, isolada, do campeonato - não só da ambição leonina, mas também das ameaças de Benfica e Nacional, que espreitam um deslize dos leixonenses para se acomodarem no primeiro lugar. Alicerçado num início de época surpreendente, com cinco vitórias (uma no Dragão), um empate (ante o Benfica) e apenas uma derrota (Nacional), o Leixões enfrentará um Sporting que se depara com uma oportunidade soberana de voltar ao primeiro lugar da Liga, perdido após a derrota na Luz . O conjunto de Paulo Bento, ainda a dissecar o afastamento da Taça de Portugal, aos pés do FC Porto, está numa fase de evolução e sabe que o embate de hoje é um teste importante na luta pelo principal objectivo da época: o título nacional. Um triunfo ante o Leixões deixa o Sporting na liderança, em igualdade com os matosinhenses no mínimo até domingo, dependendo depois dos resultados de Benfica e Nacional. Diga-se que a diferença de valores entre os conjuntos faz pender a balança para o lado leonino, mas, olhando para a campanha do Leixões, a tarefa do Sporting não se afigura fácil. Afinal, além de ser líder, a formação do Mar conta ainda com o melhor marcador da prova (Wesley já fez cinco golos), um dos melhores ataques da competição (12 tentos), apenas suplantado pelo do Benfica (13), e uma equipa que esta época venceu o FC Porto e empatou com o Benfica (com os quais o Sporting perdeu). Os leões argumentam com a melhor defesa da prova, uma equipa em crescendo e uma tradição que joga a seu favor: o Leixões não vence em Alvalade há 36 anos. Contudo, Paulo Bento e companhia sabem que será preciso muito labor para usurpar o trono leixonense. Até porque, com o seu clube sem vitórias no reduto leonino desde 1972/73, os bebés de José Mota já mostraram estarem prontos para acordar para nova realidade.

fonte: O JOGO

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