Se fosse possível lançar um inquérito a todos os treinadores do Mundo, a questionar se esta semana gostariam de estar na pele do técnico do Leixões, José Mota, muito dificilmente algum teria a ousadia de dizer que não. José Mourinho, Scolari ou Alex Ferguson até podem ter nos seus clubes todas as condições e mais algumas para fazer observação das equipas adversárias, mas nenhum deles terá, por certo, os privilégios de que José Mota vai gozar ao longo desta semana. Na próxima jornada da Liga Sagres, a sétima, o Leixões vai receber, no Estádio do Mar, o Paços de Ferreira, e a grande curiosidade que o jogo acarreta logo à partida é o reencontro de José Mota com a equipa que comandou durante anos a fio. Deste modo, o conhecimento que o técnico leixonense tem sobre o adversário é enorme, pois não falta do outro lado pessoas (jogadores, funcionários e directores) com quem trabalhou. A juntar a tudo isto, José Mota terá mais duas grandes vantagens para preparar a estratégia até domingo. Por muito que o seu sucessor na Mata Real, Paulo Sérgio, se esforce para esconder o seu trabalho de olhares indiscretos, neste caso não vale mesmo a pena. José Mota mora ao lado do Estádio da Mata Real (na famosa casa amarela) e da janela do seu "lar" pode observar tranquilamente as sessões de trabalho do Paços de Ferreira, sobretudo quando estes se realizam no campo de treinos. Se estes não fossem já dois motivos suficientes para José Mota partir com um avanço teórico no planeamento do jogo, o treinador do Leixões terá esta tarde, no estádio do Padroense, a possibilidade de tirar mais algumas notas sobre a antiga equipa, no encontro da Liga Intercalar que vai colocar frente-a-frente os dois conjuntos. São, por isso, várias as razões para José Mota sorrir nesta altura do campeonato, dado que, depois de ter chegado à liderança e de ter conseguido a primeira vitória como técnico no reduto do FC Porto, depara-se no caminho com um opositor que para si não tem segredos. Novidade será somente estar no banco e ter o Paços como adversário, algo que vai acontecer pela primeira vez na sua carreira de treinador, pois quando orientou o Santa Clara as equipas, tal como agora, estavam em ligas distintas.
Zé do boné da Mata Real esteve nos pontos altos
Nos últimos anos, pensar em José Mota era pensar no Paços e vice-versa. Primeiro como jogador e, depois, como treinador, construiu um percurso intimamente ligado ao emblema da Mata Real, orientando os castores de Fevereiro de 2000 até Junho desde ano, num período intercalado por uma curta passagem pelo Santa Clara em 2003/04. Duas subidas à Liga, dois sextos lugares e uma qualificação para a Taça UEFA foram os principais feitos do técnico na Mata Real.
Nos últimos anos, pensar em José Mota era pensar no Paços e vice-versa. Primeiro como jogador e, depois, como treinador, construiu um percurso intimamente ligado ao emblema da Mata Real, orientando os castores de Fevereiro de 2000 até Junho desde ano, num período intercalado por uma curta passagem pelo Santa Clara em 2003/04. Duas subidas à Liga, dois sextos lugares e uma qualificação para a Taça UEFA foram os principais feitos do técnico na Mata Real.
fonte: O JOGO
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