Paulo Tavares está "mortinho por começar"

Na última época de contrato com o Leixões, a sorte quis premiar Paulo Tavares com a notícia mais esperada ao longo de quatro anos. Até entrar no gabinete de Vítor Oliveira, há cerca de duas semanas, os pensamentos do jovem médio "oscilavam entre a suspeita de que iria ficar no plantel e o receio de voltar a ser emprestado". Em poucos minutos, o director-geral sossegou-o com a certeza de que será mais uma opção para José Mota. Desde então, Paulo Tavares conta as horas que restam para entrar no Estádio do Mar como profissional do Leixões. "Estou mortinho por começar e para mostrar serviço", contou a O JOGO, sem conter a satisfação por, finalmente, "ter a oportunidade para se sentir psicologicamente à vontade". A transferência para o Estoril, em Janeiro, "foi o momento de viragem" na vida de um dos produtos das escolas leixonenses. "Arrisquei tudo. Sei que se não tivesse ido para o Estoril provavelmente não faria parte do plantel do Leixões", disse Paulo Tavares, consciente de que foi "constantemente observado" pelos leixonenses, bem como pelos italianos do Roma e Siena. "Nunca houve uma proposta concreta", salvaguardou o médio polivalente. Paulo Tavares é capaz de jogar nas três posições do meio-campo: "Foi assim que me ensinaram a jogar no Leixões", explicou, pronto para continuar a "evoluir como jogador".
A estabilidade na carreira é uma meta óbvia para um futebolista, mas Paulo Tavares mostra que, aos 22 anos, é previdente. "Estou a aproveitar as férias para fazer os exames do 3º ano de Educação Física e Desporto, no ISMAI, para ver se não perco o ano. Aposto no futebol sem descuidar os estudos", comentou orgulhoso pelo cuidado em não se agarrar em demasia ao futebol profissional.

fonte: O JOGO