Foi um jogo morno entre os dois rivais, com os defesas a superiorizarem-se quase sempre aos atacantes.
O Leixões entrou melhor no encontro, assentando o seu jogo num meio-campo constituído por quatro elementos, com Nini, Kaká e Rafael mais presos a missões defensivas e Mendes mais solto na frente.
A estratégia parecia resultar e o Leixões desperdiçou uma boa ocasião logo aos dois minutos; depois de levar a melhor sobre Bruno, Mesquita rematou à figura de Kadu. Aos 4, foi a vez de Hugo Costa aparecer na cara do guardião portista, mas mais uma vez Kadu opôs-se bem ao lance. Pouco depois, Rafael tentou a sua sorte de meia distância, mas o remate saiu fácil para Kadu.
O primeiro remate do Porto surgiu à passagem dos vinte minutos. Fredéric tentou o remate de longe, mas a bola saiu por cima. No minuto seguinte, Pinto falhou por pouco o desvio no coração da área. Os dragões despertaram mas foi o Leixões que esteve mais perto do golo. À meia hora de jogo, Hugo Costa voltou a aparecer com perigo na área contrária, cabeceando para uma excelente intervenção de Kadu.
Até ao intervalo, o único lance de registo vai para um contra-ataque lançado por Christian, que culmina com o remate perigoso de Fredéric.
No segundo tempo, Capucho prescindiu do lateral direito Jorge e lançou Diogo para o ataque, com os portistas a alinharem num sistema de três defesas. Fredéric foi quem começou por dar o mote, logo no primeiro minuto da segunda metade, mas o remate saiu ligeiramente ao lado. O extremo portista voltou a ensaiar o remate cinco minutos depois, com a bola a embater nas malhas laterais.
Aos 60 minutos, o Leixões voltou a inquietar a defensiva portista. Leandro comprometeu em zona proibida e foi desarmado por Mesquita; o avançado lançou de imediato Mendes, com o nº 10 do Leixões a rematar cruzado para uma grande defesa de Kadu.
As subsituações foram-se sucedendo e acabaram por penalizar o conjunto local. Já com Lima Pereira a funcionar como um autêntico avançado, o FC Porto chegou ao golo. Aos 75, o central portista recebeu uma bola à entrada da área e demonstrou dotes de goleador, ao libertar-se de um defesa e a rematar certeiro para o fundo das redes.
Foi um rude golpe para o Leixões, que ainda assustou através de um remate de longe de Bruno, que Kadu encaixou. Os azuis-e-brancos estiveram mesmo próximos do segundo, não fosse a bela intervenção de João Santos a remate de Leandro.
O apito final soou pouco depois sentenciando o resultado final favor dos dragões. A vitória pela margem mínima e já sobre o cair do pano espelha bem as dificuldades que o FC Porto sentiu na deslocação ao terreno do Leixões, que se mantém a oito pontos do 4º classificado (o último lugar de acesso à próxima fase); os dragões seguem firmes na liderança.
ANÁLISE INDIVIDUAL: LEIXÕES SPORT CLUBE
João Santos: Esteve em destaque num par de ocasiões mostrando segurança entre os postes.
Pinto: Travou um duelo interessante com Ricardinho e demonstrou uma enorme energia durante toda a partida.
Hugo Costa: O capitão leixonense secou a principal referência do ataque portista, através de um bom jogo de antecipação. Esteve perto de carimbar o golo por duas vezes, mas Kadu opôs-se bem e defendeu ambos os remates. Jogo de grande valentia do defesa central do Leixões.
Crista: Esteve a um bom nível, especialmente no jogo aéreo, contribuindo para a solidez defensiva da sua equipa.
Pedro Rodrigues: Esteve mais discreto do lado esquerdo da defensiva, com a principal preocupação de anular as investidas de Fredéric.
Nini: Realizou um belo jogo até ter de ser substituído por fadiga. Foi dominante no seu espaço e não permitiu espaços aos médios do FC Porto, assumindo-se como o principal recuperador de bolas da sua equipa. Fez falta nos minutos finais.
Rafael: Deu luta a meio-campo e procurou jogar com critério, embora se tenha remetido a tarefas mais defensivas.
Kaká: Também deixou tudo em campo e procurou dar profundidade pelo lado direito, apesar de não ter tido tarefa fácil.
Mesquita: Foi um quebra-cabeças para os defesas portistas, conseguindo várias vezes incursões perigosas que mereciam melhor sorte. Teve uma excelente ocasião de inaugurar a partida logo aos dois minutos, mas o remate saiu fácil para Kadu.
Mendes: Demonstrou bons pormenores e extrema dedicação ao jogo. A missão de servir os dois avançados acabou sacrificada, em detrimento das funções defensivas. Quase marcou num remate cruzado de pé esquerdo, obrigando Kadu a esticar-se e a desviar com a ponta das luvas.
Bruno Silva: Foi um avançado que jogou bastante para a equipa, demonstrando qualidades na recepção e no controlo do esférico. Assumiu-se como uma boa referência ofensiva no momento de construção do jogo leixonense, mas só por uma vez tentou o remate, com a bola a sair à figura do guardião portista.
Renato: Trouxe outra frescura ao meio-campo.
Mateus: Entrou numa fase em que o empate desagradava mais aos azuis e brancos e talvez por isso se tenha resguardado em termos ofensivos.
Rui Castro: Rendeu o esgotado Nini e a entrada a frio quebrou algumas rotinas.
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