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Mota é pesadelo para Jesus

Em contagem decrescente para o assalto do Leixões ao Benfica, não é preciso vasculhar muito no tempo para perceber que José Mota está para Jorge Jesus como as traças estão para as adegas de vinho do Porto mais afamadas: invadido o espaço, o chão enche-se de farelo de rolha e tudo está perdido. Salvo as devidas distâncias, o treinador do Leixões tem esse admirável dom e a época anterior foi mais do que explícita nessa matéria. Em duas tentativas para o campeonato, ainda ao serviço do Braga, Jesus saiu sempre a perder; primeiro, por 2-0, em Matosinhos; depois, por 1-0, no Estádio AXA.
No fim do segundo duelo, houve mesmo troca de palavras azedas entre os dois treinadores. "Foram três pontos justíssimos. Se houve jogo em que demos lição táctica foi neste. O Braga só criou uma oportunidade de golo", relatou José Mota. A versão de Jesus foi igualmente implacável. "O Leixões foi contemplado pela sorte. Foram premiados sem terem feito muito por isso", desabafou. Até o guarda-redes leixonense Beto, actualmente no FC Porto, foi lançado para o fogueira das divergências. "Os super-guarda-redes têm entre 1,85 e 1,90 metros. Nunca lhe quis tirar valor nem ofender", reiterou Jesus, que não teve o perdão de José Mota. "Os homens não se medem aos palmos, antes pelo talento e trabalho. Quem quiser falar, fale dos jogadores dele", desafiou.
O histórico dos duelos entre Jorge Jesus e José Mota, na I Liga, até é ligeiramente favorável para o actual treinador do Benfica (conta seis vitórias, dois empates e cinco derrotas), mas, em 2001/02, coube-lhe o episódio mais traumatizante. Em apenas uma semana, o Paços de Ferreira de José Mota afastou o Setúbal (de Jesus) da Taça de Portugal (1-2), numa quarta-feira, e três dias depois voltaria a ganhar, desta feita na Mata Real, por 1-0, para o campeonato, precipitando então o despedimento de Jesus. Sorte maldita.
fonte: O JOGO online
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