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Hernâni: Temos "ministro" no Mar

Ergueu as mãos ao céu e desatou num choro de criança. Hernâni tinha acabado de marcar o segundo golo do Leixões, aos 82 minutos, no triunfo (0-3) sobre o Marítimo B, na última jornada da 2.ª Liga, e, naquele instante, tudo lhe veio à memória.
“O golo foi o culminar de uma recuperação espetacular e emocionei-me porque lembrei-me do meu pai, que já faleceu, e da minha família, que foi fundamental para a minha reabilitação”, explica Hernâni, que, em agosto, na partida da Taça da Liga, diante do Feirense, sofreu uma lesão grave na coluna cervical nas vértebras C4 e C5, após um choque com o central Oliveira: “Naquele dia, chorei, porque tinha dor e medo. Não sentia os braços e as pernas tremiam muito. A minha mobilidade ficou em risco, mas, no dia seguinte, a evolução foi notória e os médicos quase que falaram em milagre”. 
Hernâni ultrapassou o pior susto da carreira e está determinado a ajudar o Leixões Avançado do Leixões ra a única marca no corpo que lhe faz lembrar o dia em que se sentiu... pequeno: “Estar num bloco, com aquelas luzes, é assustador, mas, graças a Deus, estive em boas mãos e a equipa médica do dr. Eurico Silva, no hospital de Santo António, foi inexcedível”. 
Feliz por continuar a fazer o que mais gosta, Hernâni quer retribuir nas quatro linhas o apoio que recebeu nos últimos meses. “Penso sempre positivo. Agora, quero dar alegrias aos adeptos e aos meus colegas, que foram fantásticos. Nunca me senti afastado do grupo. Aliás, o meu lugar no balneário esteve sempre reservado e quase que fizeram um santuário”, conta, divertido, o “ministro”, alcunha que carrega por gostar de se vestir bem, à semelhança de Costinha, exjogador do F. C. Porto: “Gostava era de ter condições para me vestir como ele, assim ando só parecido. Foi no Santa Clara que me começaram a comparar-me ao Costinha”. 
Se o ano de 2012 foi negro, 2013 começa a sorrir, já, que em março, o experiente jogador será pai pela primeira vez. “Estamos à espera da Maria Jo ão” , desvenda o nome, enquanto atira para bem longe o final da carreira: “Tenho 31 anos e vejo o Nuno Silva, com 37 anos, a ser o jogador mais determinado e com capacidade no plantel. É um exemplo a seguir”. 
JN
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