OS RAPAZES Carole continua a gostar mais de jogar futebol com 
rapazes. "Eles são mais competitivos, dão mais luta, aprende-se mais", sorri a defesa de 19 anos, sentada no sofá do Quiaios Hotel, junto ao centro de estágios onde a equipa se preparou ao longo da semana para o jogo de hoje contra a Itália, com vista ao apuramento para o Mundial do próximo ano. "Comecei a jogar aos 13 numa equipa de rapazes, mas tive de mudar para poder continuar a jogar a um nível superior", conta-nos, enquanto passa os dedos pelo cabelo molhado, rematados pelas unhas pintadas entre o vermelho e o rosa forte. "Agora é diferente, jogo com raparigas e a competição é maior. Sinto que tenho crescido imenso com as jogadoras mais experientes." Carole Silva Costa estuda na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. É natural de Braga e o sotaque não deixa esconder as origens. Carole, descontraída, parece não ter idade para preocupações (para além de não poder comer batatas fritas durante a semana de preparação), mas ainda assim há uma que a assalta de vez em quando. "Às vezes pode tornar-se complicado andar sempre de um lado para o outro com a selecção. Quando fico muito tempo em estágio e depois volto à faculdade apercebo-me de que na maior parte das vezes perdi grande parte da matéria. Então tenho de pedir os apontamentos aos meus colegas e andar a fotocopiar textos", conta, referindo que as novas tecnologias são uma grande ajuda. "Os meus professores já me mandam os powerpoints e as aulas para o mail", ri.
OS TROFÉUS Joana está do outro lado da sala de aula. É professora de Educação Física na EB1
Oliveira, perto de Barcelos. "Os meus alunos ficam surpreendidos quando descobrem que jogo na selecção nacional. Uma vez pediram-me para levar os troféus para a escola, queriam ver, estavam muito curiosos", diz-nos a futebolista do Leixões SC. "Acho que a fase 'do futebol é só para homens' já acabou. As pessoas estão mais atentas e mesmo os meus miúdos, que têm seis e sete anos, já perceberam isso." Joana Carvalho, 24 anos, que joga como médio na selecção, ainda não viu entraves à realização das duas paixões. "Neste momento estou a conseguir conciliar a profissão com o futebol. De vez em quando tenho de pedir a alguém para me substituir na escola, mas sei que um dia vou ter de fazer opções", desabafa antevendo o futuro. E por qual delas vai optar? "Essa é a pergunta mais difícil de todas", ri. "A selecção nacional é óptima, mas não é certa. Não vai durar a vida inteira, infelizmente", suspira.
rapazes. "Eles são mais competitivos, dão mais luta, aprende-se mais", sorri a defesa de 19 anos, sentada no sofá do Quiaios Hotel, junto ao centro de estágios onde a equipa se preparou ao longo da semana para o jogo de hoje contra a Itália, com vista ao apuramento para o Mundial do próximo ano. "Comecei a jogar aos 13 numa equipa de rapazes, mas tive de mudar para poder continuar a jogar a um nível superior", conta-nos, enquanto passa os dedos pelo cabelo molhado, rematados pelas unhas pintadas entre o vermelho e o rosa forte. "Agora é diferente, jogo com raparigas e a competição é maior. Sinto que tenho crescido imenso com as jogadoras mais experientes." Carole Silva Costa estuda na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. É natural de Braga e o sotaque não deixa esconder as origens. Carole, descontraída, parece não ter idade para preocupações (para além de não poder comer batatas fritas durante a semana de preparação), mas ainda assim há uma que a assalta de vez em quando. "Às vezes pode tornar-se complicado andar sempre de um lado para o outro com a selecção. Quando fico muito tempo em estágio e depois volto à faculdade apercebo-me de que na maior parte das vezes perdi grande parte da matéria. Então tenho de pedir os apontamentos aos meus colegas e andar a fotocopiar textos", conta, referindo que as novas tecnologias são uma grande ajuda. "Os meus professores já me mandam os powerpoints e as aulas para o mail", ri.OS TROFÉUS Joana está do outro lado da sala de aula. É professora de Educação Física na EB1
Oliveira, perto de Barcelos. "Os meus alunos ficam surpreendidos quando descobrem que jogo na selecção nacional. Uma vez pediram-me para levar os troféus para a escola, queriam ver, estavam muito curiosos", diz-nos a futebolista do Leixões SC. "Acho que a fase 'do futebol é só para homens' já acabou. As pessoas estão mais atentas e mesmo os meus miúdos, que têm seis e sete anos, já perceberam isso." Joana Carvalho, 24 anos, que joga como médio na selecção, ainda não viu entraves à realização das duas paixões. "Neste momento estou a conseguir conciliar a profissão com o futebol. De vez em quando tenho de pedir a alguém para me substituir na escola, mas sei que um dia vou ter de fazer opções", desabafa antevendo o futuro. E por qual delas vai optar? "Essa é a pergunta mais difícil de todas", ri. "A selecção nacional é óptima, mas não é certa. Não vai durar a vida inteira, infelizmente", suspira. fonte: Jornal I
4 desabafos :
uma equipa e atletas que muito têm dignificado o Leixões Sport Club... agora até no jornal i
Ambas com um discurso coerente e estruturado, aqui se percebe que ambas têm muito boa formação e educação.
Sabem, como alguem disse num comentário anterior, dignificar o nome do Leixões SC.
O Leixões não sei se apoia ou não o futebol feminino no Leixões............
Se não apoiar, que pense duas vezes, ou tres se for preciso, pois este "tentáculo" do Futebol, vai dar cartas, e nós pelos vistos, com a equipa que temos e os treinadores que acredito que tambem temos, certamente podemos ser um dos primeiros clubes a apostar forte no feminino, pois temos de por vezes ser inovadores para atingirmos o sucesso.
Ou iremos, como sempre, esperar que alguns dos clubes grandes comecem a apostar primeiro e roubando todas as nossas possibilidades de sermos os primeiros?
Muito tem feito a equipa técnica, pois eu não me imaginaria a treinar uma equipa onde não há a formação (julgo eu que não tem, e assim desculpem a minha ignorancia), contudo falo apenas disto, pois vou partir do principio que existe um bom apoio ao futebol feminino.
Deste senhor que, tal como a Joana Carvalho, dá aulas de educação fisica, vão os votos da maior sorte do MUNDO. Muitos parabens "princesas"
Sócio Leixonense à 20 anos, deixo aqui o meu apoio ainda à equipa técnica que pelo que li, no site do Leixões, a equipa não chegou à fase final no seu ano de estreia por um unico ponto. Desse modo, espero que estes treinadores (desculpem nao saber quem são) continuem o bom trabalho, não deixem cair este vosso lindo projecto.
Para o ano voces ja devem conhecer a massa adepta do Leixões, já exigimos a final da taça e a fase final.
Somos o Leixões, uma equipa vencedora, uma equipa que luta até não ter mais força.... para respirar!
Mais uma vez parabens, sigam em frente que em frente é o caminho.
Parabens Leixões SC pelo Futebol feminino que começa a dar cartas...... visibilidade, fama, e ainda mais importante dignifica e muito o nome do Leixões SC na qualidade de instituição.
Sem mais delongas
Os cumprimentos deste "quarentão" que já mudou a sua mentalidade.. aquela de que "o futebol não é para meninas", e vocês já mudaram a vossa?
só uma pergunta.
Em que jornal isto saiu?
Obrigado
Saiu na edição de ontem do Jornal I
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