A multa para a mais perigosa das infracções previstas no Código da Estrada não se aproxima do valor que José Mota, treinador do Leixões, terá de pagar à Liga pelo que disse, exaltado, ao árbitro João Capela, no jogo com o Nacional (2-4): 3500 euros e um mês de suspensão foi a pena aplicada pela Comissão Disciplinar da Liga. A Associação Nacional de Treinadores (ANTF) não contesta o valor da multa, definido e, como tal, legitimado pelos clubes que organizam o campeonato, mas, não admite que se silencie um profissional. José Pereira, presidente da associação de classe, quer ver o que diz o relatório do árbitro, e quer também discutir a constitucionalidade desta "ditadura" do silêncio.
De volta à estrada, onde manobras impensadas podem custar vidas, José Mota não pagaria mais de 500 euros, de acordo com o mapa das contra-ordenações previstas no respectivo código. Mais: ainda que contestasse em tribunal uma multa de trânsito de valor máximo, o pior que poderia suceder seria ver esse valor quintuplicado pelo juiz. A multiplicação daria 2500 euros, quantia ainda aquém da que lhe custarão as alegadas ofensas à reputação do árbitro, no momento da expulsão e, posteriormente, no túnel de acesso aos balneários - onde foi visto, e já não deveria permanecer. De resto, e saltando de novo do futebol para as boas práticas rodoviárias, que podem fazer a diferença entre a vida e a morte, falar com um árbitro sai muito mais caro do que fazê-lo ao telemóvel, enquanto se conduz. José Mota teria de ser surpreendido 29 vezes nessa irregularidade para acumular um valor aproximado em tais multas, de 120 euros. O que fez, no jogo, foi contestar dois penáltis e duas expulsões.
Na perspectiva da Liga, o excesso de José Mota quase dá para pagar os quatro jogos do primeiro escalão que João Capela já apitou esta época: em bruto, o desempenho valeu-lhe 4752 euros (€ 1188 por jogo), aos quais há que subtrair impostos; considerando uma dedução de 20 por cento (a percentagem pode até ser o dobro), ficam no bolso do lisboeta € 3801.
fonte: O JOGO online
De volta à estrada, onde manobras impensadas podem custar vidas, José Mota não pagaria mais de 500 euros, de acordo com o mapa das contra-ordenações previstas no respectivo código. Mais: ainda que contestasse em tribunal uma multa de trânsito de valor máximo, o pior que poderia suceder seria ver esse valor quintuplicado pelo juiz. A multiplicação daria 2500 euros, quantia ainda aquém da que lhe custarão as alegadas ofensas à reputação do árbitro, no momento da expulsão e, posteriormente, no túnel de acesso aos balneários - onde foi visto, e já não deveria permanecer. De resto, e saltando de novo do futebol para as boas práticas rodoviárias, que podem fazer a diferença entre a vida e a morte, falar com um árbitro sai muito mais caro do que fazê-lo ao telemóvel, enquanto se conduz. José Mota teria de ser surpreendido 29 vezes nessa irregularidade para acumular um valor aproximado em tais multas, de 120 euros. O que fez, no jogo, foi contestar dois penáltis e duas expulsões.
Na perspectiva da Liga, o excesso de José Mota quase dá para pagar os quatro jogos do primeiro escalão que João Capela já apitou esta época: em bruto, o desempenho valeu-lhe 4752 euros (€ 1188 por jogo), aos quais há que subtrair impostos; considerando uma dedução de 20 por cento (a percentagem pode até ser o dobro), ficam no bolso do lisboeta € 3801.
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