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Conferência de imprensa de José Mota

Pergunta – Este é o jogo indicado para o Leixões tentar obter a primeira vitória no campeonato?
JOSÉ MOTA – É o próximo jogo e, como é óbvio, temos de o tentar vencer. O adversário tem muito valor, no seu terreno é fortíssimo e pode-se dizer que é claramente favorito. Mas temos de tentar vencer. Com os níveis de concentração muito elevados, com muita paciência, percebendo que temos de ter qualidade na posse de bola e, fundamentalmente, sendo agressivos no sentido de proporcionamos algumas situações em termos ofensivos. Se o conseguirmos, vamos com certeza tirar ao adversário alguns dos seus fortes argumentos e, como tal, criar-lhe algumas preocupações e obrigá-lo a algumas cautelas. Todos os jogos são trabalhados com intenção de conseguir os três pontos. Este jogo é com o FC Porto e, com todo o respeito que se tem pelo adversário, queremos fazer golos e vencer.

P – Que diferenças encontra entre o FC Porto desta época e o da anterior?
JM – Em relação ao das primeiras quatro jornadas da última época, é muito idêntico. Procura alguma afirmação dos novos valores, que são de grande qualidade, mas, como em todas as equipas, para atingir as suas melhores performances, demora o seu tempo. De qualquer forma, o FC Porto tem sabido conseguir bons resultados mesmo sem ainda estar no seu melhor. É claro que a saída de jogadores com papel muito importante na estrutura da época passada se reflecte. E isso acontece com todas as equipas, no Porto, no Leixões e em todos os outros. De qualquer das formas, o FC Porto é sempre muito forte, é uma equipa de alto gabarito a nível europeu e que quererá, neste jogo com o Leixões, conseguir rapidamente o resultado, pois à posteriori tem um jogo importantíssimo para a Liga dos Campeões. Vai tentar fazer golos rápido e segurar o resultado para depois tentar gerir o jogo. Teremos de saber jogar com essas situações e é nesse aspecto que nos estamos a preparar para contrariar todo o favoritismo e todo o poderio do FC Porto.

P – Há problemas de finalização no Leixões?
JM – Há problemas de finalização em todas as equipas. No Leixões isso tem sido evidente. Temos conseguido fazer muitas movimentações correctas, temos feito um pressing muito forte sobre a intermediária do adversário, muitos cruzamentos, criado algumas situações de golo iminente, mas tem faltado a eficácia. Isto faz com ainda não tenhamos marcado um golo. Porém, há que realçar a grande postura em termos defensivos e o facto de só termos sofrido apenas um golo, e marcado na própria baliza, o que me deixa bastante agradado nessa vertente. Mas temos trabalhado afincadamente os aspectos ofensivos porque para se vencer é obrigatório marcar golos.

P – Está mais ou menos confiante em relação ao jogo do ano passado, que o Leixões venceu?
JM – Estou confiante. Os momentos são diferentes e a conjectura também é diferente, mas estou sempre confiante. Até porque tenho uma equipa de jovens jogadores que trabalham bem para diariamente melhorar todos os seus aspectos. Quando assim é, sei que a qualquer momento a vitória que nos tem faltado vai surgir. Não estou, de forma alguma, preocupado com aquilo que vamos fazer no futuro, porque sei que vai ser muito e bom. Esta preocupação é iminente porque é o jogo com o FC Porto. Não faço comparações, porque não há dois jogos iguais. O que sei é que temos as nossas armas para chegar lá e impacientar o FC Porto, tirar-lhe as rotinas que tem e sermos uma equipa personalizada. Só assim é que se consegue vencer.

P – O jogo do ano passado serve de motivação?
JM – Serve para dar o exemplo de que podemos vencer. É muito importante que alguns jogadores que cá continuam transmitam aos mais novos que é possível vencer. Digo muitas vezes aos meus jogadores que para sentir que podemos vencer temos primeiro de trabalhar bem. Mas depois têm que surgir os bons exemplos. E o jogo do ano passado, entre outros, é um bom exemplo. Ao longo da minha carreira tenho dado exemplos de que é possível vencer clubes chamados grandes. Não nos vamos amedrontar por defrontar uma grande equipa. Temos de ser honestos na avaliação do adversário, mas isso não significa que se entre amedrontado. É preciso perceber que num jogo difícil teremos alguns momentos para fazer um bom jogo. Para se vencer no Dragão, é preciso ter solidez ofensiva e eficácia nas oportunidades que se possa criar.

P – Já defrontou o FC Porto este ano e perdeu. Há alguma pressão por isso?
JM – Não. Um jogo não tem nada a ver com o outro. Para nós, tratou-se do primeiro jogo do ano e eu sabia perfeitamente como estava a minha equipa naquele momento. Foi um resultado natural, num jogo em que errámos nos aspectos defensivos, ao contrário do que está a acontecer agora.

P – O Hulk está de regresso no FC Porto. Vai merecer alguma atenção especial?
JM – Vai merecer a atenção que daremos a todos os outros. O FC Porto não é o Hulk. Não vai haver marcações individuais, porque é preciso é ter atenção ao colectivo.

P – São de prever muitas alterações no Leixões?
JM – Há sempre coisas a alterar. Tenho mais soluções no meio-campo, mais experiência de campeonato português, que era algo que nos faltava. Acho que com o Wênio e o Fernando Alexandre ganhámos algo em relação a esse sector. Mas também entendo que eles não estejam ainda no melhor momento de entrosamento com a equipa. Terei de salvaguardar sempre os interesses da equipa e acho que esses dois elementos poderão integrar a equipa neste jogo, porque têm um acréscimo de qualidade e de experiência para o sector do meio-campo. Ainda faltam dois dias para o jogo, mas, neste momento, eles são duas opções.

P – O facto de o Leixões ainda não ter marcado golos significa que ainda não conseguiu entrosar os reforços?
JM – Com o Belenenses e o Rio Ave merecíamos ter vencido, porque tivemos as melhores oportunidades. Neste ponto até posso referir como exemplo o que foi a nossa selecção a jogar contra a Hungria e contra a Dinamarca. No sábado, a selecção foi excelente, criou inúmeras oportunidades de golo e empatou. Ontem, sem jogar tão bem, ganhámos. Aqui é a mesma coisa. No ano passado, se calhar, não fomos tão agressivos em alguns jogos e conseguimos vencer porque fomos eficazes. Eu fiquei contente com a entrega dos meus jogadores nos jogos com o Belenenses, com o Rio Ave e até com o Marítimo, em que fizemos uma primeira parte excelente. Mas faltou-nos a eficácia. Temos de ter a esperança de que as coisas vão continuar a evoluir, que os meus jogadores vão conseguir materializar em golo as oportunidades que criam. Tem que existir a paciência. Tenho jogadores novos que se estão a adaptar a sistemas diferentes e que se vão ambientar rapidamente para que haja entrosamento e as coisas sejam melhores.
fonte: site oficial LSC


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