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Pé esquerdo não dá azar no Mar

Há quem considere que os esquerdinos são já uma raridade no futebol, uma característica física difícil de encontrar. A ser verdade, então, José Mota pode sentir-se um treinador afortunado, pois tem no Leixões três esquerdinos concretizadores. Perdeu recentemente Wesley, com dois golos de pé esquerdo, mas em contrapartida ganhou, esta jornada, mais um jogador com uma habilidade especial no pé esquerdo. Chumbinho, até à passada sexta-feira, nunca se apercebera que tinha jeito para rematar em arco com o canhoto. Ao marcar um golo excepcional desta forma ao Trofense, o médio-ofensivo espantou as bancadas do Estádio do Mar e a ele próprio. Não pela precisão e potência do pontapé, pois isso sempre soube fazer, sobretudo na meia-distância, mas porque foi a primeira vez que atirou directo com o pé esquerdo e com direito a entrar no ranking dos melhores golos da 17ª jornada. Marcou outro num livre directo portentoso, num estilo a que se habituara ao serviço do São Paulo e do Rio Claro. "As vezes que marquei com o esquerdo aconteceu nas sobras ou nas recargas, nunca tinha experimentado atirar à baliza àquela distância", explicou Chumbinho, satisfeito pela descoberta e ansioso de repetir a façanha, que Hugo Morais há muito conhece a sensação.
Esta temporada, Hugo Morais só tem um golo com o pé esquerdo, resultante da cobrança de um livre directo na vitória sobre o Santana, a contar para a Taça de Portugal. O médio orgulha-se de ser um canhoto puro. Escreve e utiliza os talheres com a mão esquerda, esporadicamente obtém um golo com o direito. Acabou a época passada com três golos com o pé canhoto.
Diogo Valente é mais um exemplo no Leixões com preferência para o pé esquerdo. É destro a usar a caneta, mas desorienta-se em campo se tiver de utilizar o pé direito. É como Hugo Morais só o usa "para subir para o autocarro e entrar no relvado" para dar sorte, claro. O extremo-esquerdo percebeu frente ao Caniçal, na Taça, que mantém a pontaria afinada com o pé esquerdo, tentando repetir o feito com o Paços de Ferreira, só que o golo foi com o joelho, valendo na mesma. Braga também usou da força do canhoto no triunfo no Dragão. Afinal, não dá azar entrar com o pé esquerdo.
fonte: O JOGO
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