Levantou-se às 11 horas. Do outro lado da linha era o seu primo Hugo. Um sportinguista que lhe deu os parabéns pelo golo em Alvalade. Só lamentou ter sido logo contra o seu clube ao que Roberto Sousa ripostou: “Estas coisas não podem ser preparadas ao pormenor. Aconteceu agora e ainda bem que assim foi...”
O primo Hugo sorriu e Roberto deu o beijo matinal a Larissa, a companheira desta aventura europeia que começou em Agosto de 2005, em Vigo. Não é só mais um brasileiro à procura de um sonho. Roberto Sousa já tem carreira, até com um Mundial de Sub-20 pelo Brasil, mas prefere sentir o pulsar do presente e imaginar um futuro ainda mais risonho. Por isso comprou todos os jornais antes do almoço. Quer ficar com as páginas do dia mais importante para o resto de uma carreira.Por momentos, recorda tudo e solta o discurso sem paragens: “Acho que isto não é mais um sonho. É a realidade. Ao festejar o golo, passaram-me muitas coisas pela cabeça e acho que temos de comemorar quando podemos. Mas as pessoas também começam a perceber que tudo o que o Leixões tem feito esta época não é obra do acaso. Há muito trabalho por detrás deste sucesso. Muito esforço de gente que não aparece nos jornais como eu agora. Temos de aproveitar tudo isto e, ao mesmo tempo, perceber que um dia vamos perder, mas já ninguém nos tira o que conquistámos...”
fonte: RECORD
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