José Mota, 44 anos, é o timoneiro do sensacional Leixões, que lidera a Liga ao fim de oito jornadas. Depois de uma ligação de nove épocas em Paços de Ferreira, apenas interrompida por uma experiência no Santa Clara, o treinador está a justificar em pleno a aposta dos responsáveis leixonenses e já surpreendeu os três grandes, tendo ganho a F. C. Porto e Sporting, fora de casa, e empatado com o Benfica, em Matosinhos. A maré está alta e Mota diz que se está a divertir como nunca. Tem razões para isso.
A liderança... assusta-o?
Não. Percebo a pergunta, mas este grupo tem sabido desfrutar o actual momento. Sei que não vamos manter este lugar até ao fim, mas queremos estar nesta posição o maior tempo possível. Se o grupo fosse fraco mentalmente, podia ter havido algum deslumbramento, mas, a verdade, é que as respostas têm sido muito positivas.
Não. Percebo a pergunta, mas este grupo tem sabido desfrutar o actual momento. Sei que não vamos manter este lugar até ao fim, mas queremos estar nesta posição o maior tempo possível. Se o grupo fosse fraco mentalmente, podia ter havido algum deslumbramento, mas, a verdade, é que as respostas têm sido muito positivas.
Os jogadores têm estofo para lidar com o actual ambiente e mediatismo que gira à volta da equipa?
Os atletas têm sabido viver este momento único de uma forma sensata. São solicitados para várias entrevistas, mas têm mantido o equilíbrio, daí que os resultados continuem a aparecer.
Os atletas têm sabido viver este momento único de uma forma sensata. São solicitados para várias entrevistas, mas têm mantido o equilíbrio, daí que os resultados continuem a aparecer.
Se, no começo da Liga, lhe dissessem que, à oitava jornada, era líder, com 19 pontos, tendo já defrontado F. C. Porto, Benfica e Sporting, o que diria?
Sou uma pessoa optimista, encaro todos os jogos com intenção de vencer, mas admito que a actual classificação também me causa alguma surpresa, até porque já defrontámos os três grandes e o Braga, que tem uma equipa forte.
Sou uma pessoa optimista, encaro todos os jogos com intenção de vencer, mas admito que a actual classificação também me causa alguma surpresa, até porque já defrontámos os três grandes e o Braga, que tem uma equipa forte.
E a qualidade de jogo da sua equipa, também o surpreende?
Esse é um aspecto que merece ser realçado, porque existe um consenso sobre a qualidade das nossas actuações. Os adversários reconhecem o nosso mérito e isso é o que melhor pode acontecer a um treinador. Desde o começo da época, não houve um jogo que tivéssemos ganho por sorte. O Leixões é líder com muito mérito.
Esse é um aspecto que merece ser realçado, porque existe um consenso sobre a qualidade das nossas actuações. Os adversários reconhecem o nosso mérito e isso é o que melhor pode acontecer a um treinador. Desde o começo da época, não houve um jogo que tivéssemos ganho por sorte. O Leixões é líder com muito mérito.
Garantida a manutenção, há que pensar na Taça UEFA?
Quando alcançarmos o primeiro objectivo, teremos forçosamente de criar outra meta. Foi assim que aconteceu, há duas épocas, no Paços de Ferreira, e foi... lindo. Toda a gente se valorizou.
E o Leixões tem condições para se manter nas provas da UEFA?
Todos temos de evoluir e melhorar. Sei que as pessoas estão a fazer um grande esforço para criar condições, e nesse papel tanto o presidente Carlos Oliveira como o Vítor Oliveira são muito importantes, mas o Leixões tem uma vantagem relativamente, por exemplo, ao Paços de Ferreira: a sua massa adepta. No imediato, o clube tem de estabilizar na Liga, mas depois poderá pensar em algo mais.
Este começo de época, também já demonstra que o José Mota pode, afinal, ter êxito noutros clubes, para além do Paços de Ferreira?
Essa é uma falsa questão, porque trabalhar no Leixões ou Paços de Ferreira é sempre difícil. Desde que estejam reunidas condições, posso fazer um trabalho válido em qualquer lado. Aqui, houve um grande esforço na construção do plantel, o Vítor Oliveira foi incansável, e só assim conseguimos juntar um bom grupo.
As últimas aquisições - Laranjeiro, Roberto Sousa e Wesley - foram cirúrgicas...
Vieram equilibrar a equipa. São três jogadores que estão a actuar, mas há outros que também têm sido muito importantes.
Está preparado para perder o Bruno China e o Wesley?
Estou preparado para tudo. É uma situação que não é nova para mim. O que posso dizer é que tenho no plantel elementos que ainda não deram o seu contributo e que são opções válidas, casos do Chumbinho, Roberto e Serginho Baiano. E ainda o Brandon, Castanheira e Paulo Tavares, que estão a recuperar.
O Chumbinho pode substituir o Wesley?
É diferente, pois não chega tanto à área, nem finaliza com a objectividade do Wesley. É um jogador para criar desequilíbrios e, aliás, podem jogar os dois no onze.
É diferente, pois não chega tanto à área, nem finaliza com a objectividade do Wesley. É um jogador para criar desequilíbrios e, aliás, podem jogar os dois no onze.
Se lhe apresentassem hoje a renovação do contrato, assinava de cruz?
[Sorriso] Teria de avaliar a situação. Estou muito bem aqui, conheço as pessoas e fico grato por ter sido a primeira escolha do Vítor Oliveira. Agora, para renovar, primeiro é preciso haver convite e depois analisa-se a proposta. Estou a divertir-me imenso e os atletas têm sido espectaculares.
[Sorriso] Teria de avaliar a situação. Estou muito bem aqui, conheço as pessoas e fico grato por ter sido a primeira escolha do Vítor Oliveira. Agora, para renovar, primeiro é preciso haver convite e depois analisa-se a proposta. Estou a divertir-me imenso e os atletas têm sido espectaculares.
fonte: site JN
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