Os jogadores Bruno China e Braga, duas das revelações do Leixões, líder da Liga Sagres, admitem que gostariam de "dar o salto" para um clube de maior dimensão no período de transferências de Janeiro. "Gostava de ter a minha oportunidade. Sinto-me preparado para isso e quanto mais cedo melhor, porque o Leixões também tem a ganhar", disse à Agência Lusa o médio e capitão Bruno China. O avançado Braga, de 25 anos, contratado no início da época ao vizinho e rival Leça, então na II Divisão, segue o mesmo discurso: "um jogador tem as suas ambições, de melhorar a sua situação financeira, mas se houver algo é preciso falar, chegar a um acordo". Apesar da cobiça de vários clubes, já confirmada pelo director geral Vítor Oliveira, os futebolistas sublinham a necessidade de "manter os pés assentes no chão" e seguem o mesmo discurso dos responsáveis matosinhenses, que dizem almejar apenas a manutenção, apesar dos 19 pontos já conquistados, mais 1 que o Benfica. "Pensamos jogo a jogo, para conseguirmos a manutenção o mais rapidamente possível. Não vai ser fácil continuar lá em cima por muito tempo, mas enquanto pudermos, não vamos deixar de andar por lá", frisou Bruno China, de 26 anos, formado nas escolas do clube. Braga está a saborear: "Temos de desfrutar do momento e aproveitar. Não pensamos noutros voos. O importante é conseguir o máximo número de pontos e cavar um fosso para as outras equipas na luta pela permanência, para depois podermos lutar por outros objectivos". No entanto, Bruno China admite que se a situação actual se mantiver no final da primeira volta vai ser preciso "reajustar os objectivos traçados: "se ainda estivermos no primeiro lugar, teremos os pontos necessários para a manutenção e aí passaremos a lutar pela melhor classificação possível", observou. Para o médio, um dos segredos do sucesso é a mescla de jogadores "bastante experientes, como o Zé Manel ou o Castanheira", com outros mais jovens, mas que "conhecem muito bem o futebol português". É esse o caso de Braga, avançado nascido no Porto, que refere ter sentido que "não podia desperdiçar a oportunidade" de brilhar na Liga principal, mas que nunca pensou "começar tão bem" e marcar 2 golos ao FC Porto, no Estádio do Dragão, na época de estreia nessa divisão. "É algo que vou recordar para sempre", confessa o futebolista, formado nas camadas jovens do FC Porto, por quem tem um "carinho especial", e que viveu o desaparecimento do futebol profissional no Salgueiros, em 2003/2004, tendo depois cumprido 4 épocas nos escalões secundários, ao serviço de Tirsense e Leça. O fim do clube de Paranhos não foi fácil de ultrapassar: "foi um choque, não tive o apoio de ninguém e tive de me desenrascar nas divisões inferiores, mas nunca pensei desistir". Para Bruno China, o futuro do Leixões, "pela massa humana que movimenta", infra-estruturas e organização administrativa, é "lutar por um lugar europeu".
fonte: RECORD
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