101 motivos para sorrir

Não têm faltado, nos últimos tempos, motivos de festejo aos adeptos do Leixões. O clube de Matosinhos está a escrever uma das páginas mais bonitas da sua longa história, já que pela primeira vez lidera o principal campeonato do futebol nacional, e ontem festejou o 101.º aniversário num clima de muita felicidade. Algo que nem o empate da véspera, ante a Naval, foi capaz de contrariar. De tal forma que as gentes do Mar voltaram a dar uma prova de amor ao clube, marcando presença em peso nos três actos do programa festivo. Ao início da tarde, o Salão Nobre da Câmara Municipal de Matosinhos foi o palco da Sessão Comemorativa, organizada pela Tertúlia Leixonense. O eclectismo no clube foi o tema dominante da conversa, sendo recordadas algumas modalidades extintas, como o andebol e o atletismo. Carlos Oliveira, responsável principal da SAD, e Guilherme Pinto, presidente da edilidade matosinhense, estiveram presentes e viram João Fonseca, treinador dos guarda-redes do Leixões e figura emblemática do clube, comover-se quando este se referiu aos seus tempos de miúdo no campo de Santana, lamentando que o espaço sirva actualmente para estacionar carros. Uma situação que tem os dias contados, uma vez que em breve será construído um campo de relva sintética no referido local, para ser utilizado pelas camadas jovens do Leixões. Guilherme Pinto fez questão de relembrar esse facto, assim como a revitalização do clube. "Há quatro anos, estava preocupado com o Leixões. Tinha gente generosa, mas também despesas de vencimento de elementos da administração na ordem dos 20 mil euros. Na altura, o Drulovic recusou o Leixões e vinha para cá ganhar 15 mil euros. Números inadmissíveis para o clube, porque mais importante que os resultados desportivos é a sustentabilidade financeira, pois queremos que o Leixões dure eternamente", frisou. Guilherme Pinto que, curiosamente, foi um dos sócios do Leixões que, ao final da tarde, no velhinho Pavilhão Siza Vieira, recebeu a insígnia de 25 anos de filiação. O ponto alto das celebrações ficou reservado para a noite. A família leixonense sentou-se à mesa, no Pavilhão de Congressos de Matosinhos (Nave Ilídio Ramos) para desfrutar, em convívio, do momento. A música ao vivo e os discursos de Lourenço Pinto, presidente da Associação de Futebol do Porto, Ferreira Alves, presidente da Assembleia Geral do Leixões, Dias da Fonseca, presidente do clube, e Guilherme Pinto abrilhantaram o jantar. Os hinos do Leixões, tocados a alto e bom som, e os "parabéns a você" foram a cereja no topo do bolo de uma festa que contou com a presença de todo o grupo de trabalho orientado por José Mota. Alípio Jorge, vice-presidente do FC Porto, Álvaro Braga Júnior, presidente da SAD do Boavista, António Oliveira, presidente do Estrela da Amadora, e Lopes de Castro, presidente do Varzim, foram presenças notadas.
"É um sonho que estamos a viver, fruto de um grande trabalho do Carlos Oliveira, Vítor Oliveira e Dias da Fonseca"
Guilherme Pinto, Presidente da Câmara de Matosinhos
"Comecei e acabei a minha carreira de jogador aqui e é um orgulho para mim fazer parte deste clube, porque foi aqui que me fiz homem"
Vítor Oliveira, director-geral da SAD
"Este é o momento mais alto da minha carreira, porque não é fácil ser primeiro no Leixões. É um prazer estar num clube de gente humilde"
José Mota, treinador
"Parabéns ao Leixões. Estamos a viver um momento de euforia e este jantar serve para saborear a situação"

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