Vasco Fernandes ostenta um título no balneário que deriva de um vício que vem desde criança, quando arrastado pelo exemplo do pai Herculano - jogou na Académica, Olhanense e Oliveira do Bairro -, se deixou seduzir pelo pontapé na bola. De vistas largas, percebeu também que a sedução não estava apenas no simples facto de jogar e juntou-lhe uma ponta de vaidade, aí nascendo a colecção de chuteiras. "Desde pequeno que sempre gostei de ter variedade e como tive sempre sorte recebia-as de oferta. Depois, quando cheguei às selecções nacionais mais jovens, ainda aumentei mais a colecção", conta Vasco Fernandes entre gargalhadas pela descoberta da reportagem de O JOGO. Hoje, no Leixões, o facto não passa sem uma piada a um jogador que, reconhece, de manhã pode treinar com umas Nike calçadas e, à tarde, mudar para as Adidas. Desafiado a dizer quantas tinha ao dispor no balneário, o lateral riu mas não divulgou, garantindo, contudo, serem "menos de dez". Candidato a ter de parar Reyes no confronto de segunda-feira, Vasco Fernandes garante que não será o jogador em questão a determinar o que vai calçar, mas sim o estado do relvado. "Tenho sempre o cuidado de avaliar o relvado quando chego ao campo para depois, quando vier o aquecimento, já ter as ideais nos pés", divulgou o jogador do Leixões que, apesar de ter representado o Salamanca, nunca defrontou o extremo encarnado. De Castela e Leão, Vasco Fernandes trouxe a esposa e "uma outra mentalidade, outra forma de ver o futebol", razão por que acredita ter voltado "mais jogador e melhor preparado para as exigências da Liga". foto: blog Leixões (arquivo)
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