O 4x3x3 e os extremos à antiga podem estar fora de moda, podem ter sido arrumados num canto do arquivo pelo último campeonato da Europa, mas continuarão a mandar no Estádio do Mar, casa do Leixões. É com eles que José Mota gosta de jogar, foi com eles que montou as melhores equipas do Paços de Ferreira, que levou por duas vezes ao sexto lugar, e são eles que impõem a qualidade no plantel de Matosinhos. Quem tem Jorge Gonçalves, Hugo Morais, Diogo Valente e ainda lhes junta Zé Manel e Serginho não pode estar a pensar noutra coisa.
É verdade que muitos destes jogadores podem ser reconvertidos. Em algumas das últimas jornadas da época passada, António Pinto utilizou Jorge Gonçalves como segundo ponta-de-lança, uma espécie de muleta de Roberto, mas foi a partir de um flanco para o meio que o veloz louro se tornou o melhor marcador da equipa, com sete golos (Roberto fez nove em todas as provas, mas apenas seis na Liga). Depois, tanto Hugo Morais como Diogo Valente podem ser transformados em médios-esquerdos em outros sistemas (em 4x4x2 clássico ou em losango e até no 4x3x3), mas não deixam de ter DNA de extremos e provas dadas: o lisboeta, cuja compleição física (1,83m e 81kg) levou Mota a pensar nele como lateral-esquerdo, foi o melhor assistente da equipa (seis passes para golo) a abrir jogo na esquerda; o aveirense passou por uma temporada apagada mas ainda não terá desistido de recuperar o fulgor exibido em dois anos no Boavista, também na esquerda do mesmo 4x3x3. Depois, além destes três jogadores, o Leixões conta ainda com dois veteranos da confiança pessoal do treinador: Zé Manel, que pode já ter 33 anos mas viveu com Mota uma época acima dos dez golos a jogar como extremo-direito (foram 11, em 2003/04), e Serginho Baiano, de 30 anos, que Mota teve ao seu serviço no ano em que obteve a melhor classificação na Liga (sexto lugar, em 2002/03).
O problema para o Leixões é que o segredo do 4x3x3 não está nos extremos. Esses são o que se mostra - o segredo está depois na qualidade do jogo interior. E aqui o treinador ainda terá muitas incertezas acerca do que realmente valerão ao nível de I Liga jogadores como Scoppa, Braga ou Chumbinho. O primeiro vem das reservas do Boca Juniors, o segundo prometeu mas depois afundou-se na III Divisão, o terceiro chegou a ser o jogador-fetiche de Paulo Autuori no São Paulo e no Kashima Antlers, mas depois também se apagou. Se algum deles resultar, então sim, teremos Leixões.
É verdade que muitos destes jogadores podem ser reconvertidos. Em algumas das últimas jornadas da época passada, António Pinto utilizou Jorge Gonçalves como segundo ponta-de-lança, uma espécie de muleta de Roberto, mas foi a partir de um flanco para o meio que o veloz louro se tornou o melhor marcador da equipa, com sete golos (Roberto fez nove em todas as provas, mas apenas seis na Liga). Depois, tanto Hugo Morais como Diogo Valente podem ser transformados em médios-esquerdos em outros sistemas (em 4x4x2 clássico ou em losango e até no 4x3x3), mas não deixam de ter DNA de extremos e provas dadas: o lisboeta, cuja compleição física (1,83m e 81kg) levou Mota a pensar nele como lateral-esquerdo, foi o melhor assistente da equipa (seis passes para golo) a abrir jogo na esquerda; o aveirense passou por uma temporada apagada mas ainda não terá desistido de recuperar o fulgor exibido em dois anos no Boavista, também na esquerda do mesmo 4x3x3. Depois, além destes três jogadores, o Leixões conta ainda com dois veteranos da confiança pessoal do treinador: Zé Manel, que pode já ter 33 anos mas viveu com Mota uma época acima dos dez golos a jogar como extremo-direito (foram 11, em 2003/04), e Serginho Baiano, de 30 anos, que Mota teve ao seu serviço no ano em que obteve a melhor classificação na Liga (sexto lugar, em 2002/03).
O problema para o Leixões é que o segredo do 4x3x3 não está nos extremos. Esses são o que se mostra - o segredo está depois na qualidade do jogo interior. E aqui o treinador ainda terá muitas incertezas acerca do que realmente valerão ao nível de I Liga jogadores como Scoppa, Braga ou Chumbinho. O primeiro vem das reservas do Boca Juniors, o segundo prometeu mas depois afundou-se na III Divisão, o terceiro chegou a ser o jogador-fetiche de Paulo Autuori no São Paulo e no Kashima Antlers, mas depois também se apagou. Se algum deles resultar, então sim, teremos Leixões.
texto: António Tadeia (comentador RTP)
fonte: O JOGO
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