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Diogo Luis mergulha no Mar

Quando tiver de fazer um currículo, Diogo Luís pode enriquecê-lo ao referir que foi lançado no campeonato principal por José Mourinho. Na altura, o pormenor era bem mais significativo para o lateral-esquerdo do que para o resto do Mundo. Hoje, é ao contrário: o nome do actual treinador do Inter de Milão atrai a atenção de qualquer adepto, mas, para o defesa leixonense, não é mais do que uma boa recordação, a história do princípio da carreira. Sim, ele era especial, mesmo quando era apenas uma aposta de risco como treinador do Benfica. "Na altura, vimos logo que os métodos dele eram diferentes", recorda o reforço do Leixões. Formado na Luz, onde se fez sénior, estava na equipa B, quando Mourinho reparou nele: "Fiz um bom treino durante a semana; chamou-me e disse-me que ia jogar." A estreia foi frente ao Braga: "2-2, empataram no último minuto". As histórias de Diogo Luís e Mourinho separaram-se pouco depois. O técnico saiu, e o esquerdino e outros jovens encarnados viram regressar métodos e mentalidades que empurravam para longe da Luz os valores da casa, a que não voltou. Alverca, Beira-Mar, Naval, Estoril e de novo Beira-Mar preencheram-lhe o currículo, até chegar ao Leixões, com 27 anos e depois de "uma boa época, a nível individual", em Aveiro, premiada com um desafio aliciante: o Mar. E se alguém duvida da ambição de Diogo Luís, perante a diferença entre o berço e a casa actual, teria de estar na pele dele ou sentar-se na bancada do Leixões para perceber. "Vim para um clube onde trabalho nos treinos com mais adeptos do que algumas equipas nos jogos", nota o esquerdino, contente por reencontrar a "adrenalina" que torna os clubes e os homens grandes.
Diogo Luís foi atleta das Selecções jovens até aos sub-21 e encara com a naturalidade possível o facto de Portugal ter, nos últimos tempos, uma Selecção Nacional sem defesa-esquerdo de raiz. "É estranho, mas, cada treinador tem as suas opções. O Paulo [Ferreira] jogou muito bem", refere o esquerdino, numa alusão ao último Campeonato da Europa. Lembra que "os grandes não jogam com laterais-esquerdos portugueses", e isso, percebeu ao longo dos anos, faz alguma diferença na hora de decidir. Como o tempo é de mudança na Selecção, com o regresso de Carlos Queiroz, talvez haja margem para sonhar, sugere-se-lhe. Ele prefere concentrar-se no Leixões, que, explica, é onde tudo começa: "Não penso nisso, ainda agora regressei ao campeonato principal. Importante é jogar com regularidade, e depois nunca podemos dizer nunca…"
fonte: O JOGO
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