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EXCLUSIVO - Entrevista a Hernâni

Numa entrevista em exclusivo à «Leixões magazine», Hernâni Borges revela-se como jogador e pessoa. Fala da sua carreira e não se esquece dos bons momentos que já passou no clube, ele que chegou na última temporada ao emblema "leixonense". O ambiente do balneário, da claque Máfia Vermelha e da aptidão para a música foram outros dos temas abordados nesta entrevista.

Ainda te lembras como é que isto tudo do futebol começou? 
Nunca poderei esquecer como começou pois eu nunca dei muito valor ao futebol na formação eu era muito "largado" faltava aos treinos e não queria saber só jogava para estar com os meus amigos porque no FC Pedras Rubras, clube onde passei maior parte da minha formação, não havia muita organização e os resultados eram o que menos importava. Então não tinha grande ambição mas já o meu irmão que era um jovem com grandes capacidades e qualidade queria ser jogador profissional um dia mas algumas partidas da vida entre falta de oportunidades e uma perna partida há 12 anos atrás fez-lhe optar por outros caminhos e deixar o futebol para 2º plano (e que bem que fez hoje ganha mais do que eu (risos)) e por isso por ele e pela carreira que ele não conseguiu decidi arriscar em tentar fazer do futebol a minha vida! 

Na última temporada mudas-te para o Leixões. Foi fácil a adaptação? 
Cheguei ao Leixões na temporada passada mas já conheço o clube desde pequeno pois defrontei o clube muitas vezes na formação. Conhecia a maior parte dos jogadores do plantel por jogar contra e sabia que tinha qualidade mas nunca pensei que fosse tão fácil a adaptação pois cheguei no fim da pré-época onde todos os jogadores se sentem em condições de jogar. Normalmente há dispensas e à minha chegada todos reagiram com muito boa disposição e fui muito bem recebido há segunda semana já parecia que cá estava há anos, senti que me viam todos como uma mais valia e isso foi muito bom. - 

Entre os companheiros és conhecido como o "Ministro". Há alguma comparação com o Costinha, atual treinador do Beira-Mar? 
Acho que a comparação com o Costinha é um pouco pela forma de vestir. Gosto de andar mais clássico e penso que foi por aí mas no Leixões a maior parte dos jogadores tem várias alcunhas só eu devo ter aí umas 6 e respondo igual a todas. Chamam me “capuco” por exemplo agora chamam me “Silas” por causa do ator de uma novela brasileira e eu respondo " como é que é?". O importante no mundo da bola é rir e entrar na brincadeira quando nos baptizam com algum nome caso contrário gozam nos fortemente (risos).

Mudando de tema. Consegues-nos recordar daquele dia 5 de agosto? O que é que se passou? Foi um lance normal no futebol em que eu tive azar... já levei pancadas piores e nem assistência recebi, mas naquele dia todas as reduzidas probabilidades de levar uma joelhada no pescoço em movimento chocar com adversário cair e ainda levar com ele em cima foram possíveis e fiz uma fractura da cervical. Após a joealhada com luxação cervical após ele cair por cima. Foi um diagnóstico complicado foi um tarde/noite difícil com muitas dores e stress pelo medo da lesão ter proporções maiores e fatais a nível de mobilidade, e pior de tudo o receio de não poder jogar mais. 

Regressas e apontas na segunda jornada (diante do Marítimo) o teu primeiro golo nesta época. Foi importante para dizeres aos "leixonenses": estou aqui? 
Melhor regresso era impossível. Estava muito ansioso para voltar. Já treinava há algum tempo, tentei sempre queimar etapas da recuperação mesmo com as reticências dos médicos que me acompanharam… não estava a ser fácil estar sempre de fora a ver sem poder jogar custa muito, e correu muito bem o regresso pois a alta final só me foi dada a 18 de fevereiro e foi emitida uma alta provisória em final de dezembro para poder voltar a competir logo no inicio do ano. Depois toda a expectativa que foi criada em torno do meu regresso fazia-me querer voltar ainda mais rápido mas ao mesmo tempo sabia que tinha de estar em condições para não decepcionar ninguém e marcar na Madeira numa boa vitória fora foi muito importante não só para os leixonenses mas para o grupo que também esperava que eu voltasse em boa forma para ser mais um solução... 

Estamos bem posicionados e com possibilidades de subida. Acreditas que isso é possível? 
Neste momento tudo é possível... O Leixões é um clube histórico com créditos no futebol nacional e com algumas presenças no futebol internacional o que só por si acarreta muitas responsabilidades. Onde vamos, jogamos para ganhar, e isso ao acontecer como o que se está a passar esta época com muitas vitórias estaremos sempre nos primeiros lugares e aí temos de continuar a olhar para cima tentando chegar o mais longe possível. Se isso culminar na subida é perfeito nesta liga ou se luta para subir ou se luta para manter e uma vez que já conseguimos a manutenção tendo em conta que aqui só se joga pela vitória, se isso culminar na subida é merecido pois estamos a fazer um excelente campeonato e estarmos nesta altura envolvidos numa luta que ninguém nos colocaria no início da época é um grande orgulho para nós! 

Como é que descreves o Leixões SC? 
Tenho um prazer enorme em representar o Leixões. Fui muito bem recebido, sempre me senti valorizado no clube e isso é muito importante para a carreira de um jogador. Mudei muitas vezes de clube porque se me sentisse a mais ou se não tivesse oportunidades não me sentia bem comigo e preferia mudar. Nunca gostei de andar por favor no futebol e nunca tive ninguém que me levasse pela mão e no Leixões consegui em pouco tempo um estatuto de jogador com importância para o grupo e penso que tenho retribuído da melhor forma que posso às vezes com boas exibições outras com muita entrega e raça mas sempre tentando dignificar a instituição. O que leva o Leixões a ser diferente dos outros clubes é que aqui ninguém está acima da equipa nem do clube. Depois temos uma massa associativa/adepta invejável e exigente que acompanha sempre o clube. Os elementos da Máfia Vermelha são completamente apaixonados pelo clube, vão a todo lado independentemente das dificuldades. Todos juntos são o 12.º jogador. Temos tido jogos em que somos empurrados pela massa para a frente e para a vitória, essa comunhão tem dado frutos e penso que este será sempre o maior trunfo do Leixões em qualquer estádio... 

E o ambiente de balneário. Para fora passa a ideia de união. Concordas? 
O bom ambiente que existe só falta vir no regulamento entregue a cada jogador no início da época. Tem sido muito importante nos momentos mais difíceis a nossa união fez a diferença e foi fundamental para darmos a volta e sairmos sempre por cima. Temos um excelente grupo, já o ano passado foi muito bom também. Só para terem uma ideia da nossa união, temos um caso que vou ter frisar porque acho que exemplifica bem a imagem de marca deste grupo. Um jogador, que não vou dizer o nome porque não quero destacar ninguém em particular, não fez muitos jogos. Cumpriu quando foi chamado e numa das nossas vitórias fora (em Freamunde mais especificamente) ficou no banco, nem sequer não entrou, nem aquecer foi e no fim estava tão contente que estava a festejar a vitória como se tivesse sido ele a marcar os golos da vitória. É dos que mais incentiva os colegas e sofre com a equipa esteja dentro esteja fora e é essa determinação respeito pelas opções e pelo grupo que fazem de nós um grupo humilde mas com capacidades de superar todos os desafios tentamos remar todos para o mesmo lado!

Poucos sabem, mas tu tocas viola/guitarra. És o animador do balneário e estágios ou quem é que destacas nessa área?
Tenho a mania que toco viola e guitarra e que canto... mas o grande artista é o Fábio Santos toca muito eu só acompanho e canto porque aí ele é limitado (risos) mas o Zé Augusto, Malafaia, Luís Silva e Gonçalo Graça são os que mais se destacam nas palhaçadas. O Luís é, de longe, o pior. Já o Zé Pedro também tem boa voz...

Para ler toda a entrevista clica AQUI
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