Não há nada pior do que a sensação de impotência perante o que parece inevitável. É assim que Hugo Morais se sente no momento decisivo do Leixões, depois de ter marcado o sétimo golo da época, atingindo o registo máximo da sua carreira nas provas profissionais. "O mais irónico", lamenta, "é olhar para a tabela e constatar que não contam para nada". "São golos que nem dão vontade de festejar". Uma sensação de vazio manifestada por um jogador cujo carácter combativo o tornou num elemento precioso no onze.
O valor de Hugo Morais não se resume aos sete golos marcados, seis dos quais na conversão de grandes penalidades - um recorde que ficará na história do Leixões na Liga Sagres. O destino gosta de lhe pregar partidas ao fazê-lo sobressair como uma mais-valia nas piores alturas. Há duas épocas, Hugo Morais destacou-se como especialista nas assistências e acabou a sofrer pela salvação do Leixões. Por isso, entende-se o desejo de poder "trocar os golos pelos pontos". "Se pudesse voltar atrás iria ao jogo do Setúbal, foi aí que levámos um murro no estômago. Se tivéssemos empatado, nessa altura, as coisas agora seriam um pouco diferentes e estaríamos mais confiantes", conta. Mas os génios da lâmpada não existem, portanto, "a vida continua". Diz a experiência que "na aflição devemos ser optimistas e é normal que nem sempre as coisas corram bem, quer no futebol quer em qualquer outra carreira".
É com este espírito positivo que Hugo Morais encara as duas finais que esperam o Leixões até ao final do campeonato, pois já leva muitos anos de vivência nos relvados portugueses ao ponto de "arranjar uma defesa própria para conseguir suportar este sentimento de impotência e saber dar confiança aos outros".
Um médio de dez pontos
O lamento de Hugo Morais sobre a sensação de que os seus sete golos não tiveram grande efeito na classificação é uma mera metáfora para ilustrar a tristeza pela situação da equipa. O médio esquerdino tem noção de que ajudou, por quatro vezes, na conquista de pontos: foi decisivo na vitória, em casa, sobre o Leiria ao apontar a grande penalidade que desfez o empate; marcou de penálti o único tento do triunfo na recepção à Naval, de resto o primeiro da era de Fernando Castro Santos; foi ele que trouxe um ponto de Paços de Ferreira e abriu caminho à primeira vitória fora do Mar, na deslocação ao Restelo.
À espera de novo milagre
Há dois anos, o Leixões sofria a angústia de uma espera de cerca de três minutos pelo fim do jogo do Paços de Ferreira, em Leiria. Um breve hiato que mais pareceu uma eternidade para os jogadores que sofriam em pleno relvado do Estádio do Mar, depois da derrota com o Marítimo. Mas a notícia do empate dos pacenses reergueu toda a gente pela felicidade de um milagre que Hugo Morais espera que "possa acontecer esta temporada". Apesar das semelhanças óbvias, Hugo Morais assinala uma diferença significativa. "Também foi uma época difícil; sofremos sobressaltos, mas não estivemos tanto tempo abaixo da linha de água como este ano", comenta, assegurando que a equipa tem de "continuar a trabalhar e a ser profissional até ao fim". O caminho agora é "esquecer a última derrota com a Académica, que foi pesada" para viajar até Olhão "sem a tensão de estar a fazer contas para desfrutar o jogo com alegria e responsabilidade". O conselho é dado por quem já passou por momentos de aperto, precisamente na temporada de regresso do Leixões à I Liga, após uma longa travessia de 18 anos nos escalões secundários. A permanência, recorde-se, foi possível graças ao triunfo em Leiria por 3-1, com um golo de Hugo Morais.
O valor de Hugo Morais não se resume aos sete golos marcados, seis dos quais na conversão de grandes penalidades - um recorde que ficará na história do Leixões na Liga Sagres. O destino gosta de lhe pregar partidas ao fazê-lo sobressair como uma mais-valia nas piores alturas. Há duas épocas, Hugo Morais destacou-se como especialista nas assistências e acabou a sofrer pela salvação do Leixões. Por isso, entende-se o desejo de poder "trocar os golos pelos pontos". "Se pudesse voltar atrás iria ao jogo do Setúbal, foi aí que levámos um murro no estômago. Se tivéssemos empatado, nessa altura, as coisas agora seriam um pouco diferentes e estaríamos mais confiantes", conta. Mas os génios da lâmpada não existem, portanto, "a vida continua". Diz a experiência que "na aflição devemos ser optimistas e é normal que nem sempre as coisas corram bem, quer no futebol quer em qualquer outra carreira".
É com este espírito positivo que Hugo Morais encara as duas finais que esperam o Leixões até ao final do campeonato, pois já leva muitos anos de vivência nos relvados portugueses ao ponto de "arranjar uma defesa própria para conseguir suportar este sentimento de impotência e saber dar confiança aos outros".
Um médio de dez pontos
O lamento de Hugo Morais sobre a sensação de que os seus sete golos não tiveram grande efeito na classificação é uma mera metáfora para ilustrar a tristeza pela situação da equipa. O médio esquerdino tem noção de que ajudou, por quatro vezes, na conquista de pontos: foi decisivo na vitória, em casa, sobre o Leiria ao apontar a grande penalidade que desfez o empate; marcou de penálti o único tento do triunfo na recepção à Naval, de resto o primeiro da era de Fernando Castro Santos; foi ele que trouxe um ponto de Paços de Ferreira e abriu caminho à primeira vitória fora do Mar, na deslocação ao Restelo.
À espera de novo milagre
Há dois anos, o Leixões sofria a angústia de uma espera de cerca de três minutos pelo fim do jogo do Paços de Ferreira, em Leiria. Um breve hiato que mais pareceu uma eternidade para os jogadores que sofriam em pleno relvado do Estádio do Mar, depois da derrota com o Marítimo. Mas a notícia do empate dos pacenses reergueu toda a gente pela felicidade de um milagre que Hugo Morais espera que "possa acontecer esta temporada". Apesar das semelhanças óbvias, Hugo Morais assinala uma diferença significativa. "Também foi uma época difícil; sofremos sobressaltos, mas não estivemos tanto tempo abaixo da linha de água como este ano", comenta, assegurando que a equipa tem de "continuar a trabalhar e a ser profissional até ao fim". O caminho agora é "esquecer a última derrota com a Académica, que foi pesada" para viajar até Olhão "sem a tensão de estar a fazer contas para desfrutar o jogo com alegria e responsabilidade". O conselho é dado por quem já passou por momentos de aperto, precisamente na temporada de regresso do Leixões à I Liga, após uma longa travessia de 18 anos nos escalões secundários. A permanência, recorde-se, foi possível graças ao triunfo em Leiria por 3-1, com um golo de Hugo Morais.
fonte: O JOGO online
0 desabafos :
Enviar um comentário