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Diego soube pescar em Alvalade

Enquanto as condições atmosféricas não permitirem aventuras no alto mar, Diego Costa vai lançando a cana à pesca dos lances perigosos dos adversários. Em Alvalade, o guarda-redes do Leixões - um adepto ferrenho da pesca de lazer - não caiu no engodo dos remates do Sporting, segurando o nulo até ao limite, que se extinguiu aos 84', com o golo de Tonel. Fez uma excelente exibição, mas porque a equipa perdeu, não a coloca na galeria dos grandes momentos. "Sinto-me bem por ter feito uma boa partida, só não considero um óptimo jogo porque não conseguimos vencer. Além disso, não podemos pensar em termos individuais numa fase difícil para a equipa", disse, "pensando no colectivo".
Sem ter tido tempo para distracções no jogo de sábado, Diego Costa ainda assim percebeu "o esforço de todos a resistirem à pressão do Sporting com uma postura defensiva muito boa". "Vi o sacrifício de todos; e pensei no Gallo quando foi expulso e na possibilidade de ele ter algum sentimento de culpa naquele momento". "É sempre ruim sofrer um golo de bola parada, do jeito que o 'mister' sempre alertou nos treinos. No momento, fica a desorientação e a sensação de que não valeu a pena o trabalho", confessou, esboçando ainda o desalento pelo golo que deitou por terra a esperança de trazer, pelo menos, um ponto.
Esse jogo será uma entre muitas recordações registadas pelo guarda-redes que, há cerca de cinco anos, esteve a um passo de representar a selecção canarinha. Mas o destino quis que passasse um longo período a debater-se com o azar, valendo-lhe a lembrança de ter sido um caso raro no mercado brasileiro. "Fui vendido", conta, "duas vezes, o que não é fácil". Saiu do Juventude para o Atlético Paranense e dali saltou para o emblemático Fluminense, onde o tempo estacionou, ao ponto de conduzir Diego Costa ao esquecimento. No Santo André recebeu o apelo do Leixões e com ele a oportunidade providencial para voltar à competição e estrear-se fora do Brasil. Chegou a Matosinhos a sentir-se "como um adolescente perante a sua primeira chamada aos seniores" e consciente "da cobrança" a que estaria exposto, depois de uma época sensacional do Leixões com o agora portista Beto na baliza. Diego arregaçou as mangas e entregou-se ao trabalho, por isso sente que está "em crescimento". "Tenho uma vontade enorme de fazer grandes jogos. Não me importo de sofrer nove golos desde que ganhemos por dez", concluiu, de forma extrovertida.
fonte: O JOGO online
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