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O homem da engenharia

Nascido a 11 de Novembro de 1987, em Matosinhos, Pedro Miguel Seabra viveu anteontem, no Estádio do Mar, uma noite de sonho. Depois de há três anos ter decidido que ia desistir do futebol, estreou-se na Liga Sagres e logo diante do actual líder do campeonato.
Quando saiu do Leixões, em 2006/07, então treinado por Vítor Oliveira, não ficou no Mar por ter estado lesionado muito tempo no último ano de júnior e foi treinar ao Pedras Rubras, mas mesmo aí não fez parte dos planos de Tozé, campeão do mundo de Riade em 1989. "Trabalhava como profissional e recebia como amador". recorda. Como o curso de Engenharia Electrotécnica estava a correr bem não tencionava voltar ao futebol. "Em Abril de 2007, ligou-me Joaquim Santos a perguntar-me se não queria ir treinar ao Padroense; estava desmotivado, mas lá fui." O treinador, Augusto Mata, apostou tanto nele que em duas épocas não falhou um jogo e na temporada passada ajudou o clube de Padrão da Légua a subir à II Divisão.
Quando lhe começaram a dizer que ia para o Leixões, Seabra pensou sempre que era "brincadeira de amigos", mas, em Junho, quando estava de férias no Algarve, Vasco Pinho, vice-presidente do Padroense, telefonou-lhe a comunicar que faria a pré-época no Leixões. "No final do jogo com o Beira-Mar, fui chamado ao gabinete de José Mota. Disse-me: vais assinar por três anos. Naquele momento, tentei mostrar cara de serenidade, mas quando saí arrepiei-me", confidencia agora. Estava concretizar-se um sonho de criança, até porque pensou que não voltaria quando saiu em 2007.
Arrepios também sentiu quando se apercebeu ao longo da semana que seria titular. "Com o apoio dos amigos, família e companheiros, a ansiedade passou depressa." E até o comportamento de José Mota ajudou: "Trata de maneira igual os mais jovens e os mais experientes."

Finalista de Engenharia Electrotécnica
Seabra entrou em 2005 na Faculdade de Engenharia do Porto. Finalista de Engenharia Electrotécnica, diz que "há três ou quatro anos, pensava estar agora a terminá-lo". Recusado o estatuto de alta competição, por ser entregue "apenas a quem representa a Selecção Nacional", Seabra "difilmente conciliará o trabalho no Leixões com as oito horas de aulas por dia". Como no seu curso, "o dez é a nota predominante e aquilo é para tirar e não para lutar pelas médias", um dia destes vai acabar um curso em que tem uma média superior a 13.

Do Boavista ao Padroense
O pai, Agostinho Seabra, que jogou no Lavra, levou-o aos sete anos para as escolas do Boavista. Dois anos depois, começou nos infantis do Leixões um percurso de oito anos na formação onde aprendeu com treinadores como Rui Gomes, Joaquim Santos, e Luís Luís, actual coordenador da formação. Antes de regressar, também aprendeu "muito" com Augusto Mata no Padroense.
fonte: O JOGO online
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1 desabafos :

Pedro A disse...

grande jogo do seabra no sabado..nao tava a espera..
è mais um boa opçao para o meio campo..
mas precisamos de um medio ofensivo/nr10 ..