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Mar aos pés de Fernando Alexandre

Quando se vê Fernando Alexandre jogar - chegou há apenas algumas jornadas ao meio-campo do Leixões, atrasado por lesão - fica nítida a ideia de que é um dos melhores trincos da Liga Sagres. Tal como na época passada, no Estrela da Amadora, luta no fundo da tabela, e isso não faz a menor diferença, porque a qualidade do passe, a força - a incrível força, como se viu, anteontem, no empate (2-2) com o Olhanense, debaixo de temporal e sobre um relvado alagado -, todos os atributos são de outro campeonato. Caberiam bem no do Braga, que o cedeu ao Leixões, mas, isso será questão de tempo. Impressionante, mesmo, é descobrir que Fernando Alexandre, 24 anos, é aquele miúdo que ficou pelo caminho, nas escolas de um grande, o Benfica. Dos 12 aos 21 anos, vestiu e viveu a camisola da águia. Quando rescindiu, depois de um ano de escassa utilização, devido a lesão, viu no Mafra, do terceiro escalão, uma "oportunidade" de fazer o que queria, "ganhar a vida" com o futebol. "Nunca vi essa opção como um passo atrás, mas como uma oportunidade. Estou aqui, mas, há que trabalhar muito, para estar nesta posição", diz, com naturalidade, sem se aperceber de que há muitos sonhos que se perdem e vidas jovens que tremem quando as portas de uma casa como o Benfica se fecham. Para Fernando Alexandre, é tudo uma questão de futebol, de "trabalho", a palavra preferida, como se percebe nos jogos, nos treinos. Ao cabo de um ano em Mafra, foi para a Reboleira e, após uma época surreal, de grandes dificuldades do plantel e grande futebol, um dos emblemas mais fortes da Liga contratou-o. Por estes dias, é mesmo o mais forte. E é vermelho, e um bocadinho dele - e não é o Benfica. Nem é o aquele que mais o preocupa. À partida para umas férias na Lourinhã que o corpo dispensava, o que leva nos olhos é o Mar, que que mais forte: "Temos de mudar de rumo".

Mau tempo não poupou os relvados leixonenses
Uma noite de sono não chegou para disfarçar as marcas que o temporal da véspera deixou no Mar: nos rostos dos jogadores, algum desânimo pelo sabor a pouco do empate, depois de, por duas vezes, o Leixões ter estado em vantagem no marcador, diante do Olhanense (2-2), mas não só. A chuva intensa deixou o relvado impraticável, desaconselhando até um treino ligeiro. Com cenário idêntico no Óscar Marques, a solução foi dividir o plantel: recuperação para os titulares e pavilhão para os outros.

3 Questões a Fernando Alexandre trinco do Leixões
1 Há a tendência para se desejar férias, mas, não preferia conti-nuar a jogar?
Em termos pessoais, admito que seria importante para mim dar continuidade à competição. No entanto, acredito que esta paragem fará bem à equipa. Teremos tempo para reflectir, para ver se as coisas começam a tomar outro rumo. Não é por falta de empenho nem de qualidade que isso ainda não aconteceu, mas, tem mesmo de ser. Temos de mudar de rumo.
2
O treinador falou, recente-mente, em ingenuidade. Pode ser isso?
Não nos podemos estar aqui a desculpar, mas, é um facto que temos revelado alguma inexperiência, que se tem traduzido em golos ingénuos, praticamente oferecidos.
3
Deu-se bem num relvado mau, anteon-tem. É jogador de Inverno?
Não tem que ver com isso. Trabalho para estar bem, no dia do jogo; dou o máximo, sempre, nesse sentido. Se calhar, o meu estilo de jogo é diferente dos outros, mas, o mais importante, nesta fase, é que, todos juntos, conseguimos superar todas as condições adversas, e isso foi porque estávamos todos a remar para o mesmo lado, decididos a dar a volta por cima a esta situação.
fonte: O JOGO online
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3 desabafos :

RNP disse...

O melhor elemento, dos novos, sem dúvida.Espero que faça uma grande 2ª volta.

Anónimo disse...

Já ouvi dizer que vai regressar ao Braga em Janeiro.

Anónimo disse...

Já ouvi dizer que vai regressar ao Braga em Janeiro.