O jogador de futebol é a figura mais atractiva no universo das crianças. É o ídolo que alimenta os sonhos de um dia chegarem a um clube grande e se tornarem num estrela mundial. Bruno China não joga num "grande", mas, nem por isso, passou despercebido aos 81 miúdos que durante esta semana aprendem as técnicas básicas da escola de futebol do Inter. O relvado sintético do FC Foz transformou-se num rebuliço de perguntas ao "China que é fixe" para os que logo o identificaram e associaram ao Leixões. Outros, talvez mais distraídos, ficaram intrigados com a presença, questionando se seria um jogador estrangeiro. Não é de fora, é apenas de Matosinhos e eternamente do Leixões.
Bruno China recuou 17 anos na sua vida para recordar a experiência do dia em que chegou ao Estádio Mar, mais ou menos com idade de muitos dos miúdos com quem brincou ontem à tarde. A oportunidade que ofereceu é a mesma que desejara aos nove anos, quando corria nos pelados sob as ordens de João Faneco. Nessa altura, Bruno China tinha em Vítor Paneira, no Benfica, e Pedro Barbosa, no Sporting, como referência. Porém, foram Guardiola e Redondo os seus mestres de inspiração para se tornar num médio-defensivo. Nunca esteve perto de uma figura mediática com a mesma facilidade com que os futuros talentos estiveram ontem. "Os miúdos sonham em estarem próximos dos ídolos, que só vêem na televisão, pelo que estas iniciativas desfazem as distâncias e permite dar o exemplo", comentou Bruno China, numa espécie de lamento por não ter podido "sentir o orgulho por ver ao vivo os ídolos" do seu passado.
O Leixões foi a escola do agora capitão da equipa e começa a ser um emblema "em crescimento". A quebra recente de resultados, apenas atenuou o brilho da primeira volta. O convite para estar no campo de formação do "Kick-off", diz, "é mais uma prova de que o prestígio alcançado é inabalável". Da mesma forma sente que o "jogo com o Sporting é o ideal para superar a fase menos boa". As opiniões dos mais pequenos a este propósito dividiram-se: uns acham que o Leixões vai ganhar; outra metade vaticinou que a conquista iria para Alvalade. A falta de consenso poderá estar influenciada pela visita de Hélder Postiga, no dia anterior. A festa foi também animada com a presença do avançado do Sporting. Uma coincidência criada pelos interesses dos patrocinadores, que acabou por antecipar as emoções de domingo, no Estádio do Mar. Bruno China respondeu aos desafios inocentes, investindo, é claro, no triunfo do Leixões "para voltar aos bons resultados". Como é que "uma grande equipa sofre três derrotas seguidas?", questionaram com o dedo no ar. "Todas as grandes equipas têm momentos menos bons", reagiu Bruno China, depois de explicar que o Leixões chegou à liderança por "ser uma boa equipa, com muitos jogadores de qualidade".
Saltar para um clube com "objectivos superiores"
Desde que ingressou nas escolas de João Faneco, em 1991, Bruno China nunca mais abandonou o Leixões. Nessa época, o clube estava na Liga de Honra e ainda distante da ascensão à I Liga. Habituou-se à camisola, recuperando o desejo de dar o salto anos mais tarde. A proposta surgiu-lhe ontem: "Gostaria de ir para outro clube?" "Primeiro é preciso que haja alguém interessado em mim, mas terá de ser um clube que lute por objectivos superiores aos do Leixões", respondeu Bruno China. "Que tal o FC Porto?", contrapuseram. "Pois, mas antes é preciso que me queiram".
"Ele quer-me bem"
"Qual é a sensação de o treinador entrar no balneário e começar a ralhar com os jogadores?" A pergunta, inocente, não parecia relacionar-se com a intervenção de Vítor Oliveira, na passada semana, dizendo que se fosse observador não quereria Bruno China no Leixões. O director-geral comentou em público o que dissera em privado. "Foram palavras de uma pessoa que me quer bem, recordando-me que fui uma das grandes figuras na primeira volta, mas que agora não estou numa boa fase", comentou, ciente de que Vítor Oliveira "não tinha intenção" de o ofender, interpretando a crítica "como um alerta para espicaçar" Bruno China e o "grupo". "Vou provar que tudo é passageiro", garante.
200 Em Paços de Ferreira, Bruno China cumpriu 200 jogos ao serviço do Leixões. É o único dado positivo que o trinco recordará da noite que terminou com mais uma derrota pesada, por 4-1. Para trás ficou ainda na memória o golo mais rápido obtido pelo Leixões, esta época, em três minutos, abrindo caminho à vitória sobre o FC Porto. Voltaria a marcar em Vila do Conde.
Perguntas inocentes
Gostas de ser capitão de equipa?
"Gosto muito é um orgulho ser capitão do clube do coração. Tenho mais responsabilidades, mas é um prazer ter a braçadeira".
Era bom se o Leixões fosse à Champions League?
"Claro que gostava muito. Talvez um dia com outras condições, o Leixões chegue lá. Mas já seria muito bom chegar à Taça UEFA".
Como é que ganharam ao FC Porto?
"Porque jogámos muito bem. No outro jogo com o FC Porto, as coisas não correram tão bem".
Bruno China recuou 17 anos na sua vida para recordar a experiência do dia em que chegou ao Estádio Mar, mais ou menos com idade de muitos dos miúdos com quem brincou ontem à tarde. A oportunidade que ofereceu é a mesma que desejara aos nove anos, quando corria nos pelados sob as ordens de João Faneco. Nessa altura, Bruno China tinha em Vítor Paneira, no Benfica, e Pedro Barbosa, no Sporting, como referência. Porém, foram Guardiola e Redondo os seus mestres de inspiração para se tornar num médio-defensivo. Nunca esteve perto de uma figura mediática com a mesma facilidade com que os futuros talentos estiveram ontem. "Os miúdos sonham em estarem próximos dos ídolos, que só vêem na televisão, pelo que estas iniciativas desfazem as distâncias e permite dar o exemplo", comentou Bruno China, numa espécie de lamento por não ter podido "sentir o orgulho por ver ao vivo os ídolos" do seu passado.
O Leixões foi a escola do agora capitão da equipa e começa a ser um emblema "em crescimento". A quebra recente de resultados, apenas atenuou o brilho da primeira volta. O convite para estar no campo de formação do "Kick-off", diz, "é mais uma prova de que o prestígio alcançado é inabalável". Da mesma forma sente que o "jogo com o Sporting é o ideal para superar a fase menos boa". As opiniões dos mais pequenos a este propósito dividiram-se: uns acham que o Leixões vai ganhar; outra metade vaticinou que a conquista iria para Alvalade. A falta de consenso poderá estar influenciada pela visita de Hélder Postiga, no dia anterior. A festa foi também animada com a presença do avançado do Sporting. Uma coincidência criada pelos interesses dos patrocinadores, que acabou por antecipar as emoções de domingo, no Estádio do Mar. Bruno China respondeu aos desafios inocentes, investindo, é claro, no triunfo do Leixões "para voltar aos bons resultados". Como é que "uma grande equipa sofre três derrotas seguidas?", questionaram com o dedo no ar. "Todas as grandes equipas têm momentos menos bons", reagiu Bruno China, depois de explicar que o Leixões chegou à liderança por "ser uma boa equipa, com muitos jogadores de qualidade".
Saltar para um clube com "objectivos superiores"
Desde que ingressou nas escolas de João Faneco, em 1991, Bruno China nunca mais abandonou o Leixões. Nessa época, o clube estava na Liga de Honra e ainda distante da ascensão à I Liga. Habituou-se à camisola, recuperando o desejo de dar o salto anos mais tarde. A proposta surgiu-lhe ontem: "Gostaria de ir para outro clube?" "Primeiro é preciso que haja alguém interessado em mim, mas terá de ser um clube que lute por objectivos superiores aos do Leixões", respondeu Bruno China. "Que tal o FC Porto?", contrapuseram. "Pois, mas antes é preciso que me queiram".
"Ele quer-me bem"
"Qual é a sensação de o treinador entrar no balneário e começar a ralhar com os jogadores?" A pergunta, inocente, não parecia relacionar-se com a intervenção de Vítor Oliveira, na passada semana, dizendo que se fosse observador não quereria Bruno China no Leixões. O director-geral comentou em público o que dissera em privado. "Foram palavras de uma pessoa que me quer bem, recordando-me que fui uma das grandes figuras na primeira volta, mas que agora não estou numa boa fase", comentou, ciente de que Vítor Oliveira "não tinha intenção" de o ofender, interpretando a crítica "como um alerta para espicaçar" Bruno China e o "grupo". "Vou provar que tudo é passageiro", garante.
200 Em Paços de Ferreira, Bruno China cumpriu 200 jogos ao serviço do Leixões. É o único dado positivo que o trinco recordará da noite que terminou com mais uma derrota pesada, por 4-1. Para trás ficou ainda na memória o golo mais rápido obtido pelo Leixões, esta época, em três minutos, abrindo caminho à vitória sobre o FC Porto. Voltaria a marcar em Vila do Conde.
Perguntas inocentes
Gostas de ser capitão de equipa?
"Gosto muito é um orgulho ser capitão do clube do coração. Tenho mais responsabilidades, mas é um prazer ter a braçadeira".
Era bom se o Leixões fosse à Champions League?
"Claro que gostava muito. Talvez um dia com outras condições, o Leixões chegue lá. Mas já seria muito bom chegar à Taça UEFA".
Como é que ganharam ao FC Porto?
"Porque jogámos muito bem. No outro jogo com o FC Porto, as coisas não correram tão bem".
fonte: O JOGO online
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