Scoppa tem um sonho igual e em busca dele trocou um dia San Nicolas, onde nasceu há 21 anos, pela vibrante Buenos Aires, fixando-se no clube do seu coração: o Boca Juniors, passando a viver na "Casa Amarela", paredes meias com o "La Bombonera", um dos ícones do popular clube argentino que um dia fez de Maradona rei. Sempre com um sorriso nos lábios, Scoppa abriu, para O JOGO, o livro de memórias para contar que um dia, a convite de um agente, foi treinar ao Boca Juniors. "Tinha 14 anos e muita vontade de vingar no futebol, e ao segundo treino assinei contrato", contou. "Conheci as regras que me impediam, por exemplo, de andar descalço ou sem camisola, além dos horários rígidos para fazer as refeições e ir para a cama", lembrou.
Filho único, passou a ver os pais - empregados numa fábrica em San Nicolas - uma vez por mês. "Foi difícil, mas eu queria ser jogador de futebol", recorda. "Estou aqui para ganhar dinheiro para ajudar os meus pais, pois tenho um sonho que quero cumprir e sei que, sem sacrifício, não vou atingi-lo."
Depois de viver a alegria de ingressar no seu clube do coração, de o ter representado pelas reservas perante 50 mil pessoas no "La Bombonera", diante do eterno rival River Plate, veio a desilusão de perceber que, apesar da sua qualidade, não tinha entrada na equipa principal. "Quando estive no Mundial de sub-20, todos os meus companheiros jogavam na primeira equipa dos seus clubes, menos eu. Foi uma desilusão muito grande perceber que havia outros valores que se sobrepunham à qualidade do jogador, impedindo-o de ser titular", contou Scoppa, justificando-o como uma das razões que o levaram a atravessar o oceano Atlântico, rumo a Portugal.
Filho único, passou a ver os pais - empregados numa fábrica em San Nicolas - uma vez por mês. "Foi difícil, mas eu queria ser jogador de futebol", recorda. "Estou aqui para ganhar dinheiro para ajudar os meus pais, pois tenho um sonho que quero cumprir e sei que, sem sacrifício, não vou atingi-lo."
Depois de viver a alegria de ingressar no seu clube do coração, de o ter representado pelas reservas perante 50 mil pessoas no "La Bombonera", diante do eterno rival River Plate, veio a desilusão de perceber que, apesar da sua qualidade, não tinha entrada na equipa principal. "Quando estive no Mundial de sub-20, todos os meus companheiros jogavam na primeira equipa dos seus clubes, menos eu. Foi uma desilusão muito grande perceber que havia outros valores que se sobrepunham à qualidade do jogador, impedindo-o de ser titular", contou Scoppa, justificando-o como uma das razões que o levaram a atravessar o oceano Atlântico, rumo a Portugal.
"Só aqui soube que iria ser cedido"
Scoppa chegou ao Leixões via FC Porto. O médio, contudo, foi o último a saber das intenções portistas, contando que viajou para o Porto com a convicção de que se iria integrar no plantel. "Há seis meses que sabia do interesse do FC Porto. Foi-me dito para treinar, que, em qualquer altura, o negócio poderia acontecer e viajaria para Portugal", contou o jogador, que só à chegada a Portugal tomou conhecimento do seu destino. "Só aqui soube que seria cedido a outro clube e estou muito contente por estar aqui. O Leixões é um clube muito bonito, e os meus companheiros muito bons", elogiou.
Aposta na Europa
A viver sozinho desde os 14 anos, Scoppa quer vingar no Leixões para "melhorar a situação económica dos pais", razão porque aceitou de caras o contrato de quatro anos que o FC Porto lhe ofereceu. "Quero ajudá-los e, logo que possa, trazê-los para cá, tal como à minha noiva Ivana, que está na faculdade, em San Nicolas", revelou Scoppa, que, no futebol argentino, já só tem o objectivo de chegar à selecção. "Não quero voltar ao Boca Juniors. Agora que cheguei ao futebol europeu, é por aqui que quero continuar", rematou.
José Mota é exigente
No Leixões, Scoppa encontrou um futebol com diferenças ao nível táctico - mais liberdade para o trinco - e um treinador muito exigente. Detalhes que não o incomodam e aos quais quer dar a resposta adequada. "Gosto de jogar mais à frente e, se possível, tentar o remate, mas isso era algo que pouco fiz na minha carreira", contou o médio argentino, admitindo compreender a posição do treinador. Novidade para ele foi a exigência dos adeptos do Leixões, mas também aqui se diz à vontade. "Não devem ser mais exigentes que os adeptos do Boca Juniors", lembrou, entre sorrisos, o jovem médio.
fonte: O JOGO
fonte: O JOGO
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